Claudia MelloDivulgação

Os idosos com 60 anos de idade ou mais fazem parte dos grupos prioritários das campanhas de vacinação, assim como crianças de seis meses até 5 anos, 11 meses e 29 dias, gestantes, puérperas, povos indígenas, quilombolas e pessoas em situação de rua, entre outros. Na atual campanha de imunização contra o vírus Influenza, causador da gripe, a baixa cobertura vacinal de idosos no estado chama a atenção e preocupa: apenas 34,84% das pessoas desse segmento tomaram a vacina disponibilizada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) para os municípios fluminenses. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de 90% do público-alvo. Até 23 de julho, foram aplicadas 1.132.960 doses em idosos diante de um público-alvo de 3.251.639 dessa faixa etária.
Apesar de parecer simples, as síndromes respiratórias causadas por Influenza podem se agravar e causar mortes, especialmente entre a população mais vulnerável, como os idosos. A baixa cobertura vacinal tem resultado em um alto índice de óbitos de pessoas com mais de 60 anos: 88% das mortes registradas no estado por complicações da doença até aqui são de idosos. Considerando todas as faixas etárias, até 23 de julho deste ano, foram 957 óbitos e 13.066 internações por SRAG no estado.
Durante o inverno, com dias e noites de temperaturas mais baixas, aumentam as condições típicas da estação que favorecem o surgimento de doenças respiratórias, principalmente para os idosos. É uma época propícia para o crescimento de casos de gripe, rinite, sinusite, asma, bronquite crônica e até pneumonias. Sem contar que de julho a setembro, cresce consideravelmente a circulação do vírus Influenza, representando risco adicional para quem tem doenças crônicas. A poluição do ar, que tende a se intensificar no inverno, agrava o cenário.
Diante deste quadro, a SES-RJ reforça a importância da vacinação, ferramenta fundamental para evitar complicações da doença e mortes, em especial entre os idosos. A pasta iniciou campanha de imunização em 2 de abril, com a meta de vacinar cerca de 4,4 milhões de pessoas dos grupos prioritários.
A pasta tem intensificado estratégias para ampliar o acesso da população ao imunizante, gratuito nos postos de saúde e clínicas da família, além de garantir atendimento adequado aos casos registrados. Entre as medidas de apoio aos municípios, a secretaria adotou a vacinação volante em cidades com baixa cobertura vacinal. O Governo do Estado oferece duas unidades móveis que percorrem municípios para apoiar ações de vacinação em locais de grande circulação.
O Caminhão da Saúde já passou por Magé, Queimados, Japeri e Paraíba do Sul e vai a outras cidades. A campanha anual de imunização segue até janeiro de 2026, com estratégias específicas para alcançar os grupos mais vulneráveis. Desde fevereiro, o Estado ampliou o número de leitos pediátricos que atendem casos graves de SRAG: são 85, sendo 40 vagas no Hospital Estadual Ricardo Cruz e 45 no Hospital Zilda Arns.
Além de manter os cuidados básicos, como uso de máscara em caso de sintomas e higiene das mãos, precisamos avançar na cobertura vacinal, principalmente entre quem tem mais de 60 anos de idade. O objetivo é evitar que nossos idosos tenham complicações ou morram por conta da doença. Os familiares devem ter o compromisso de incentivar e levá-los para tomar a vacina e garantir tranquilidade para todos.
Claudia Mello é Secretária de Estado de Saúde