Marcos Espínola 2025Divulgação

É emergencial DESPOLITIZAR a segurança pública, unindo município, estado e governo federal para salvar o Rio de Janeiro da violência desenfreada. Para frente dessa pasta é preciso um quadro integralmente técnico, com profissionais capacitados para o implemento de ações e operações que possam reverter o quadro atual que está levando o Rio para uma situação sem precedentes no país, com sua população totalmente refém da criminalidade.
Imagens diárias de assaltos, confrontos e vítimas de balas perdidas correm o mundo. Esta semana até um grupo de bandidos foi flagrado testando armas na mata no Rio Comprido, em plena luz do dia, no morro que fica a poucos metros do elevado Paulo de Frontin que dá acesso à Zona Sul da Cidade.
É inadmissível que, aquela que foi a capital do país, hoje tenha se tornado uma metrópole conhecida pela violência, marcada pelo abandono e a evasão de empresas e da própria população que foge para o interior ou outros estados em busca da paz que já não encontra na cidade maravilhosa.
Essa insegurança vem causando prejuízos não só na imagem, mas na economia, pois impacta no funcionamento de serviços essenciais, como rotas de ônibus, fechamento de indústrias e comércios, além de deter o turismo e o investimento. A Av. Brasil, principal via expressa da Cidade, é o retrato do abandono de empreendimentos e imóveis deixados para trás, muitos já invadidos.
O comércio em muitas localidades sofre com assaltos e extorsões, levando ao fechamento de estabelecimentos em algumas áreas, pois não há empresário que suporte não só o fraco movimento, mas, sobretudo, as cotas abusivas de bandidos e milicianos, que se tornam sócios indesejáveis do seu negócio. Toda essa insegurança leva a prejuízos e perdas de faturamento de até R$ 2,5 milhões anuais nas próprias favelas, por exemplo. Quase 40% dos moradores de favelas do Rio trabalham por conta própria, com o empreendedorismo sendo a principal fonte de renda.
Transporte público, operadoras de energia, internet e até unidades de saúde são afetadas pela violência, impactando a rotina e o funcionamento de serviços essenciais. Muitos deles sob o domínio de grupos criminosos, substituem o Estado. O turismo é outro setor que deixa de ganhar bilhões de reais em arrecadação, devido à fuga de visitantes.
A violência está acabando com o Rio de Janeiro e a percepção de insegurança prejudica decisões de investimento e permanência de empresas no estado. Prefeito, governador e presidente precisam dar as mãos para salvar o Rio.
Marcos Espínola é advogado criminalista e especialista em segurança pública