Vereador Hingo Hammes, ex-presidente da Câmara Municipal de PetrópolisDivulgação
Vereador consegue mudança na Lei Orgânica e assegura recursos para investimentos em obras de prevenção
Alteração na legislação foi solicitada pelo vereador Hingo Hammes, que foi presidente da Câmara Municipal
Petrópolis - Uma mudança histórica na Lei Orgânica Municipal (LOM) de Petrópolis vai tornar obrigatório o investimento municipal em obras de prevenção, como contenção de encostas, estabilização de terrenos e intervenções em redes de águas pluviais, para mitigação de riscos de desastres.
A alteração na legislação foi solicitada pelo vereador Hingo Hammes, que foi presidente da Câmara Municipal e prefeito interino da cidade por 11 meses, em 2021, por meio de emenda à LOM aprovada agora em fevereiro em plenário. O objetivo é garantir o aporte permanente de recursos nesta área, criando no município uma cultura de prevenção que vai, em médio e longo prazo, tornar a cidade mais segura.
O novo texto da LOM proposto em 2022 e aprovado agora na Câmara Municipal é assinado também pelos vereadores Domingos Protetor, Fred Procópio, Júnior Coruja e Junior Paixão, além do ex-vereador e atual deputado estadual Yuri Moura. Prevê, pela primeira vez na história da cidade, a obrigatoriedade de destinação de recursos para obras preventivas. O aporte mínimo obrigatório é de 2% da receita corrente líquida do município .
“As tragédias registradas na cidade deixaram ainda mais evidente a necessidade de políticas públicas que sejam realmente capazes de reduzir os riscos à população. Petrópolis, até por suas características geográficas e geológicas, exige um trabalho que seja permanente, e não apenas pontual. É preciso compromisso do poder público com esta pauta, independente de quem seja o gestor”, detalha o vereador Hingo, lembrando que a nova legislação pode assegurar mais de R$ 23 milhões, levando em conta o orçamento de 2022, para obras de mitigação de riscos.
A garantia de recursos do próprio município neste tipo de obra vai facilitar o planejamento de intervenções e pode mudar a realidade do município. A gestão municipal passa a ser mais ativa neste processo, que envolve também responsabilidades do Estado e da União. “Precisamos parar de pensar apenas em como remediar os problemas. Precisamos prevenir, reduzir os riscos e tentar evitar que aconteçam. Não é possível haver recursos para resposta a desastres, mas não haver para obras preventivas. Essa lógica está errada. É impossível mudar tudo de um dia para o outro, mas é possível – e extremamente necessário – começar esta mudança. É isso que estamos propondo aqui. Temos um passivo enorme e só será possível mudar esta realidade com compromisso com a população, com a cidade”, afirma Hingo.
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