Prefeito Eduardo Paes lança no Museu do Amanhã, pacote de ações ambientais que visa melhorias até 2030. Estefan Radovicz / Agencia O Dia

Por Yuri Eiras
Rio - A cidade do Rio vai sediar, no primeiro semestre de 2022, o Rio +30 Cidades, evento que discutirá o papel dos centros urbanos nas mudanças climáticas mundiais. O evento será nos mesmos moldes da Rio +20, realizada em 2012, mas desta vez com a presença de líderes das metrópoles. Há oito anos, o evento era uma conferência da ONU recebeu chefes de estado, assim como na Eco 92.

Neste sábado (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, a prefeitura lançou o Plano de Desenvolvimento Sustentável (PDS) e Ação Climática da Cidade, um projeto que prevê elaboração de planos estratégicos até 2050, para manter a saúde ambiental da cidade e da população.

"Estamos falando de um protagonismo de uma cidade que se pretende global. O papel que as cidades podem cumprir nas mudanças climáticas é fantástico. O Rio sempre foi um farol de referência em diversos temas, e o meio ambiente é um deles", afirmou o prefeito Eduardo Paes.
Prefeito Eduardo Paes lança no Museu do Amanhã, pacote de ações ambientais que visa melhorias até 2030. Na foto,o Secretário Municipal de Integridade Pública. - Estefan Radovicz / Agencia O Dia
Prefeito Eduardo Paes lança no Museu do Amanhã, pacote de ações ambientais que visa melhorias até 2030. Na foto,o Secretário Municipal de Integridade Pública.Estefan Radovicz / Agencia O Dia


O plano prevê, por exemplo, a criação do Distrito Neutro, projetos de redução de emissão de gases de efeito estufa. A Avenida Presidente Vargas, no Centro, pode ganhar, até 2030, a ampliação do canteiro central, com áreas arborizadas, espaços de convivência e ciclovia, nos mesmos moldes da Praça Mauá. Na proposta, o número de vias seria reduzido para dois - hoje são quatro. A ideia ainda está em estudo.

"A meta é até 2030 reduzir 20% das emissões de gases efeito estufa, e até 2050 neutralizar as emissões de gases. Para fazer isso vai ser preciso muita ação conjunta", comentou o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Cavaliere.

Outra ideia em estudo é a consolidação de corredores de proteção e incremento da área verde ao redor de maciços como o da Tijuca, na Zona Norte, e da Pedra Branca, na Zona Oeste; corredores de proteção aos rios da cidade; e corredores laranjas, de suporte social e econômico para áreas de vulnerabilidade social, como as favelas.

"Penso que deslizamentos com óbitos na cidade do Rio caíram absurdamente, e está chovendo como sempre choveu. Mas isso é fruto de trabalho, obra. Claro, você tem sempre eventos extremos, mas o que a gente se refere aqui é que não dá para, a cada chuva que acontece, morrer tanta gente", disse Paes.
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O Plano de Desenvolvimento Sustentável prevê metas até 2030:
- 100% dos bairros do Rio com coleta seletiva
- 100% das cooperativas de reciclagem legalizadas
- 90% de taxa de cobertura de esgoto
- 80% de resíduos orgânicos encaminhados para compostagem
- Duplicar a produção de alimentos do programa Hortas Cariocas
- 300 km de vias e espaços públicos revitalizados
- Ninguém morando em áreas de alto risco de inundações
- 50% de redução na inadequação habitacional