O maestro Edino Krieger morreu, aos 94 anos, na noite desta terça-feira, 6. Ele estava internado há cerca de um mês na Casa de Saúde São José, no Humaitá, Zona Sul do Rio. A causa da morte ainda não foi divulgada.
A informação foi confirmada pelo também compositor, e diretor da Sala Cecília Meirelles, João Guilherme Ripper. Em uma foto publicada no Instagram, ele escreveu: "Descanse em paz, querido amigo!"
Krieger foi considerado, ao lado de Cláudio Santoro e Guerra-Peixe, um dos maiores nomes da vanguarda da música de concerto no Brasil, no século XX. Os três faziam parte do Grupo Música Viva. Entre as composições de destaque, está "Canticum Naturale", de 1972. Ainda no período, Edino Krieger lançou os grandes sucessos "Ritmata" e "Estro Armonico".
Na década de 1980, ele recebeu vários prêmios e honrarias, como o título de Cidadão Emérito do estado do Rio de Janeiro (1982), uma condecoração do governo da Polônia, em 1984, a Medalha Anita Garibaldi de Santa Catarina (1986) e o Prêmio Shell de Música (1987).
Nascido em Brusque, em Santa Catarina, Edino era filho do músico, compositor e regente Aldo Krieger, com quem começou a aprender a tocar violino, aos 7 anos. Ele também seguiu a linhagem artística com seus filhos. Edu Krieger é compositor, instrumentista, cantor e humorista; Fabiano, guitarrista e compositor; e Fernando é pesquisador musical.
Edino também foi diretor da Rádio MEC, além de crítico da "Tribuna da Imprensa" e do "Jornal do Brasil". Ele foi importante ainda no meio de gestão cultural do Brasil, atuando como diretor da Funarte, entre os anos de 1981 e 1998, e do Museu da Imagem e do Som, de 2003 a 2006. Além disso, foi presidente da Academia Brasileira de Música e criador das Bienais da Música Brasileira e Orquestra Sinfônica Nacional.
O maestro foi cremado às 17h desta quarta-feira, no Cemitério da Penitência, no Caju, em cerimônia reservada aos familiares.
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