UFRJ desenvolveu 'kit de cannabis medicinal' usado em perícias da Polícia CivilDivulgação / UFRJ

Rio – A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desenvolveu o 'kit de cannabis medicinal' para diferenciar as cannabis medicinais daquelas proibidas por lei no Brasil, as cannabis de uso recreativo, que contêm tetrahidrocanabinol (THC), substância responsável pelos efeitos psicoativos.

De acordo com a UFRJ, o kit, criado em setembro deste ano, foi elaborado para auxiliar pacientes que fazem uso terapêutico do canabidiol (CBD), de modo a comprovar que a concentração desse tipo de canabinoide em seus medicamentos é maior que a de THC. Diversos remédios à base de CBD usados no tratamento de doenças como depressão, Alzheimer e esclerose múltipla são aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, portanto, legais no país.

A diferenciação é apurada pela cor do detector do kit: quando o teor de THC é maior, o detector fica azul em 30 segundos; quando a concentração de CBD é maior, a coloração violeta surge entre cinco e sete minutos.
"Criamos esse kit para dar segurança terapêutica aos pacientes. Para que eles usem o medicamento de forma segura, com CBD majoritário, além de liberar as plantações de cannabis medicinal", explicou o professor do Instituto de Química da UFRJ e coordenador do Lasape Claudio Cerqueira Lopes.
A patente do produto está sendo comercializada pela Agência UFRJ de Inovação, instituição que integra o ecossistema de inovação da universidade junto com o Parque Tecnológico da UFRJ, os Inovas e as incubadoras de empresas.