Rio - A estátua do jornalista Zózimo Barrozo do Amaral, que fica no final da Praia do Leblon, na Zona Sul, foi retirada para passar por manutenção.
De acordo com a Prefeitura do Rio, a peça receberá reparos "minuciosos" como a recuperação dos pés da escultura, que foram corroídos pela maresia.
Feita pela equipe da Gerência de Monumentos e Chafarizes, da Secretaria Municipal de Conservação, a manutenção da estátua em bronze também irá recolocar uma peça furtada, o que demandou a retirada para o reparo.
O serviço foi informado para a população através de comunicado deixado no local onde a peça fica. "Instalamos uma placa no local, para que a população saiba que a estátua está segura e passando por revitalização”, explica a secretária de Conservação, Anna Laura Valente Secco.
A estátua, em tamanho natural, foi inaugurada em novembro de 2001. Assinada por Roberto Sá, ela retrata o homenageado contemplando a paisagem, com o paletó sobre o ombro.
Outros elementos também compõem a estátua: uma parte da murada do Leblon, onde estão fixadas uma máquina de escrever, uma agenda e uma página do "Jornal do Brasil", veículo no qual o jornalista publicou sua coluna durante muitos anos.
Quem foi Zózimo?
Zózimo foi um dos colunistas sociais mais importantes do jornalismo brasileiro. Em 1969, ele foi preso após publicar uma nota sobre um general de alto escalão do governo militar. O jornalista começou sua carreira no "Globo", onde esteve de 1963 a 1969.
Na sequência, trocou de redação e foi para o “Jornal do Brasil”, onde assumiu protagonismo ao transformar o colunismo social com a inserção de notícias, na época em que esse perfil de publicação focava na vida badalada da alta sociedade. Após a longa passagem pelo "JB", em 1993, voltou ao Globo com uma coluna própria, onde permaneceu até sua morte, aos 56 anos, em 1997, após luta contra um câncer.
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