Família de jovem assassinado em Bento Ribeiro pede justiça em enterro
Ryan do Nascimento, de 18 anos, foi enterrado sob forte emoção no Cemitério de Ricardo de Albuquerque. Parentes acreditam que rapaz foi alvo de integrantes de um grupo de bate-bolas
Sepultamento de Ryan Nascimento, 18 anos, no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte do Rio - Érica Martin/ Agência O Dia
Sepultamento de Ryan Nascimento, 18 anos, no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte do RioÉrica Martin/ Agência O Dia
Rio - Vestindo camisas com o rosto de Ryan do Nascimento Silva, de 18 anos, familiares e amigos do jovem estiveram no enterro dele no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte do Rio, na tarde desta terça-feira (10), e pediram por justiça. Bastante abalada e emocionada com a perda repentina do filho, a mãe da vítima, Luciana Silva dos Santos, de 41 anos, passou mal durante o cortejo e precisou ser carregada nos braços por parentes.
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A família do jovem, que trabalhava como motoboy, acredita que ele tenha sido alvo de integrantes de um grupo rival de bate-bola na noite de domingo (8), em Bento Ribeiro, quando saía para fazer uma entrega. No entanto, o caso ainda não foi esclarecido pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), responsável pelas investigações.
A tia de Ryan, Alessandra Silva, descreveu o sobrinho como sendo um "bom menino" e afirmou que o objetivo dele era entrar no Exército Brasileiro. "Era um bom menino. Toda vez que eu chegava na casa dele, ele falava "bença, tia" e me dava um abraço. Ryan queria entrar para o quartel para ajudar a mãe dele, que construiu uma família com seis filhos, muito unidos. A justiça do homem é cega, mas a de Deus não é não. Quem fez isso destruiu a minha família, destruiu a minha irmã", desabafou a irmã de Luciana.
Outros amigos, que conversaram nos últimos dias com Ryan, também comentaram sobre uma possível ação de um grupo de bate-bola. "Triste demais isso, tudo por causa de um pedaço de pano e de apenas quatro dias de Carnaval. Uma vida inocente se perde por causa dessa guerra sem fim que se formou em Bento Ribeiro e Marechal, mais um que se vai", escreveu um amigo de Ryan nas redes sociais. Um outro rapaz mostrou um print de uma conversa que teve com o amigo em que ele falava que queria andar com um grupo mais tranquilo e que "não queria guerra com ninguém".
Na segunda-feira (9), uma outra homenagem foi realizada por dezenas de amigos de infância e de trabalho de Ryan. Uma roda de oração foi feita pela vítima.
Olha que homenagem linda que seus amigos organizaram pra vc maninho, no meio dessa tristeza isso foi um alívio,, minha mãe amou obrigado a cada um d vcs d coração isso qe fizeram entrou pra história . .#RyanzinhoEternopic.twitter.com/rA8uDARzBT
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