Camilla e o filho Luca após 3 anos da violência obstétrica sofrida por ela durante o partoRede Social

Rio - Mais duas mulheres denunciam o Hospital NotreDame Intermédica Jacarepaguá, na Zona Oeste, local onde Gleice Kelly, de 24 anos, teve a mão e o punho esquerdos amputados após dar à luz, no dia 9 de outubro do ano passado. Desta vez, Camilla Porto, 27 anos, violência obstétrica durante o nascimento do filho, que teve paralisia cerebral devido à falta de oxigênio no cérebro após complicações no parto. Enquanto, Ana Helena Tavares de Oliveira dos Anos, 26 anos, relata descaso e negligência médica após ter a filha sozinha em uma sala de medicação com o marido.
A influenciadora Camilla Porto, relatou ao O DIA, que o nascimento do filho ocorreu em 2019, quando a unidade ainda se chamava Hospital Amiu Jacarepaguá, e que viveu no local os piores dias de toda sua vida.
“Ali eu passei os piores dias da minha vida. Eu tive que ficar internada por 10 dias por causa de uma infecção que peguei no parto, as enfermeiras se recusaram a tirar meu acesso pra eu ir ao banheiro. Luca teve a bunda em carne viva porque não trocavam a fralda dele. Além disso, deixaram abrir uma escara que cabia a primeira parte do dedo indicador inteiro na cabeça dele. Sabe como tratavam? Apenas com uma fita adesiva”, contou.
De acordo com a mãe, durante todo o pré-natal Luca era um bebê saudável. “Eu fazia acompanhamento com minha obstetra pelo plano de saúde, ela acompanhou toda minha gravidez. Eu queria muito parto normal, já tinha falado isso pra ela, mas não iria me opor a cesárea se necessário, mas não queria fazer desnecessariamente. Toda minha gestação, eu percebi ela tendenciosa para cesárea, dizendo que eu não ia aguentar a dor e tudo mais”, contou.
Camilla explicou que fazia acompanhamento com uma doula, apesar da médica responsável pelo parto não concordar. “Quando comecei a ter minhas contrações, minha bolsa não estourou, a doula foi pra minha casa e ficou me acompanhando, monitorando os batimentos do Luca. Eu entrei em contato com a médica na segunda à noite falando que estava tudo tranquilo e que eu ainda não estava tão evoluída para ter o bebê, então ela falou pra eu ir acompanhando e ir lá (no hospital) de manhã ou se acontecesse algo. Quando foi na terça de manhã eu já estava com muitas contrações, 6 de dilatação, então eu arrumei as coisas com calma e fui para o hospital”, contou.

A influenciadora explicou que ao chegar na unidade foi levada pela médica direto para um soro, mas que depois disso começou a sentir fortes dores. “Quando eu cheguei lá ela falou que eu estava bem, que não ia me dar nem anestesia. Em casa, eu já estava tomando buscopan e plasil, porque ela (médica) tinha me orientado, mas aí ela me colocou pra tomar soro sozinha no hospital, só que em seguida eu fiquei com muita dor, aí a doula subiu atrás de mim e viu que tinha algo errado, e que deveria ter ocitocina no soro. A dor passou a ser constante, ia tirando meu consciente, aí teve uma hora que falei pra gente ir pra cesárea por eu não estava aguentando mais”, explicou.
Camilla conta que, após ir para a sala de cirurgia, o parto começou antes do que deveria. “Quando eu subi para o centro cirúrgico eu estava com 9 de dilatação e a criança só nasce com 10, aí ela mandou eu fazer força, e depois falou que o bebê não estava encaixado no lugar certo, aí ela falou que ia fazer uma manobra pra ele encaixar no canal, mas se a gente não conseguisse, eu iria entrar na cesárea, e por isso ia me da uma anestesia, mas não sei o quanto de anestesia foi me dado, porque quando ela me deu eu não senti mais nada. Ele entrou no meu canal e o Luca ficou sufocando ali porque não tinha espaço pra ele passar, e eu nem a contração sentia mais, só fazia força quando o anestesista falava”, relembrou.
Ainda de acordo com o relato, a violência obstétrica piorou a cada momento, e o parto foi se tornando desesperador.
“Eles amarraram a minha perna, depois desarmaram e falaram pra eu colocar a mão no meio da minha perna e puxar, como eu não estava sentindo nada, coloquei muita força e ainda assim nada do Luca nascer, minha barriga até parou de contrair e quando isso acontece é sinal que a criança está sofrendo dentro da barriga. Fora a anestesia com um anel por cima da luva, minha barriga ficou toda vermelha. A médica ainda fez um corte na minha vagina pro bebê sair, mas sem anestesista local. Eu senti ela me cortando e senti ela enfiando a mão lá dentro. Eles colocaram aquele ferro para buscar a cabeça dele e não conseguiram. Elas subiram na minha barriga para empurrar ele e nada. Uma terceira médica que teve que vir e conseguiu tirar ele com o ferro”, afirmou ela;
Conforme Camilla conta, Luca nasceu desmaiado e sofreu seis convulsões em seguida. Ele foi colocado em coma induzido e entubado após o parto e ficou internado por 38 dias. Enquanto, a mãe precisou ficar internada por dez dias para tratar de uma infecção pós-parto.
“O meu parto não foi uma coisa super demorada, mas o tempo que ele ficou desmaiado dentro da barriga foi muito grande para causar as lesões dele, se pegar as ressonâncias magnéticas da pra ver ver que o cérebro dele está todo lesionado. Eu sofri todas as violências obstétricas possíveis”, relatou
Segundo a mãe, eles só foram saber que o bebê sofreu a paralisia cerebral depois que ele teve alta, mais de um mês depois do nascimento. “No hospital não falaram nada para a gente, disseram que ele estava bem a todo momento e que ele estava com outras complicações”, afirma.
Camilla relembrou ainda as dificuldades que enfrentou com a equipe do hospital, inclusive com a alimentação. “Não era permitido ficar 24 horas. Então eu chegava lá e meu filho estava se esgoelando, eu saia de lá e meu filho estava se esgoelando. Quase perto da alta uma enfermeira que não tinha paciência nenhuma com as crianças, e atrasava as refeições de quase todas, disse que o Luca teria que voltar para a sonda porque ele não estava mamando na chuquinha”, contou.
A mãe do pequeno Luca explicou que o menino não conseguiu pegar o peito, nem a mamadeira. Só conseguia a chuquinha, mas era necessário dar apoio no queixo.
“Não era fácil, mas conseguimos escapar de uma gastrostomia dessa forma. Eu estava cheia de pontos por causa da episiotomia que a médica fez e por causa da minha falta de repouso todos eles abriram e eu tive que refazê-los. Fui obrigada a descansar após esse episódio. Nesse dia eu tinha ido rapidamente a casa da minha mãe, que é bem perto, ver os pontos, colocar remédio e quando volto, a médica me diz que teria que colocar a sonda novamente, pois ele não estava aceitando a chuquinha. Ele estava prestes a ter alta. Como? Se na mamada anterior ele tinha mamado direitinho comigo? Bati o pé e disse que ninguém colocaria sonda no meu filho. Peguei a chuquinha e prontamente o Luca tomou todo o leite que estava lá”, comentou.
Camilla desabafou ainda que não confia mais na unidade de saúde. “Foram dias terríveis que não desejo a ninguém. Esse lugar deveria fechar. Muitas cenas de infelicidade acontecem ali. A gente entra pra ter um bebê e sai com a vida destruída. Cade as leis desse país? Elas só valem para pobres e pretos. Porque o médico nunca funcionou”, desabafou.
A médica que realizou o parto e acompanhou toda a gestação está sendo processada por Camilla.
Depois de tudo isso, Camilla passou a compartilhar a sua rotina nas redes sociais e emocionou milhares de pessoas com a garra dela e do pequeno Luca, que mesmo com paralisia tem tido avanços no seu desenvolvimento.
Negligência
O caso de Ana Helena Tavares de Oliveira, 26 anos, ocorreu no dia 20 de julho de 2022. Ela contou ao O DIA que também move uma ação contra o hospital após o descaso e negligência que sofreu durante o nascimento da filha.
Ela conta que ao completar 39 semanas de gravidez e ir a uma consulta de rotina, descobriu que estava sem obstetra para acompanhar a bebê, e que só retornou a unidade no dia em que a filha nasceu.
“Minha filha nasceu de 41 semanas, então eu fiquei quase um mês sem acompanhamento nenhum, sem saber se minha filha estava bem, se estava se desenvolvendo ou não, eu tive que registrar uma reclamação na ANS, mas demora, e na data que eles marcaram minha nova consulta de rotina, foi o dia que minha filha nasceu, ela nasceu 6h30, mas eu dei entrada no hospital por volta de 3h30 e a médica que me atendeu falou que ia me internar, mesmo sem dilatação. Ela me deixou na sala de medicação e disse que quando desse 7h ela iria me reavaliar, mas minha bolsa estourou, por volta das 5h”, contou.

Segundo Ana, a equipe de enfermagem era muito despreparada. “Meu esposo pediu pra enfermeira trocar a roupa de cama, mas ela não queria, porque disse que sujaria de novo, depois do meu esposo reclamar, ela falou que trocaria mas eu teria que colocar uma fralda,e eu falei que não tinha problema. e fui tomar banho. Nisso passou uma enfermeira que foi a salvação da minha filha, isso era por volta de 6h30, e ela ia entrar no plantão às 7h. Ela viu que eu estava no banheiro e meu esposo do lado de fora e achou isso estranho, ela perguntou o que estava acontecendo e falou que eu não podia ficar sozinha no banheiro com a porta trancada, e aí ela ela ficou esmurrando a porta e eu com dificuldade abrir a porta, mas eu comecei a sentir umas coisas estranhas, é minha primeira filha, não sabia como eram as coisas. Eu chamei uma enfermeira e ela falou que era assim mesmo: 'Você não quer parto normal?’, indagou”

Por fim, Ana falou que pediu por uma cesariana porque a dor estava se intensificando cada vez mais.’Quando foram chamar a médica, uma outra enfermeira apareceu pra fazer um exame de toque, mas quando ela foi fazer, ela sentiu a cabeça da minha filha e ao invés de ficar pra ajudar ela foi chamar a médica, nisso minha filha nasceu comigo e meu esposo sozinhos na sala e com o cordão umbilical no pescoço, ela ficou com a cabeça pendurada até a chegada da médica”, explicou.

Após o sufoco, foram realizados os primeiros socorros, mas Ana sofreu mais um estresse por ter que esperar a chegada do maqueiro.

“Não tinha maqueiro 7h, o maqueiro só chegaria 8h, então começou uma discussão porque falaram que não iam me carregar, só que minha filha já tinha subido. Ainda teve uma enfermeira que forçou a saída da placenta e eu falei que estava doendo muito. Depois que eu subi, ainda tiraram meu esposo da sala, o que não podia porque é direito nosso ter acompanhante. Minha filha ficou em um bercinho no canto chorando, eu fui sedada para tomar os pontos, dormi com ela gritando e acordei com ela gritando, ai meu esposo foi levar as coisas no quarto e eles falaram que não tinha quarto, então ele ainda teve que brigar por isso”, lamentou.

Ana conta que a filha, hoje com seis meses, está bem e não precisou passar por nenhuma internação, mas que pretende testemunhar para ajudar outras mães que passaram por problemas parecidos na unidade.

“Minha filha foi uma das crianças que deram sorte, ela não precisou de UTI, nem nada, mas poderia ter precisado”, desabafou.
Confira na íntegra o posicionamento do Hospital NotreDame Intermédica Jacarepaguá:
"O Hospital informa que procurou a paciente e a sua advogada para prestar todos os esclarecimentos solicitados, porém informarmaram que somente estariam disponíveis na próxima semana. Em resumo, declara que sindicância realizada com apoio de perícia independente especializada apurou o seguinte:

1) A paciente tinha histórico de múltiplas gestações, inclusive com algumas complicações, o que aumenta risco de hemorragia pós-parto, além de diabete gestacional.

2) O parto ocorreu sem intercorrência, com bebê nascido vivo e bem.

3) A paciente apresentou quadro importante de hemorragia pós-parto, evoluindo para um choque hemorrágico grave secundário a atonia uterina e inversão uterina. Tal quadro é responsável por 60% de mortes maternas no período pós-parto: 45% destes óbitos ocorrem nas primeiras 24 horas. A hemorragia pós-parto é responsável por 25% de todas as mortes maternas no mundo, segundo a literatura medica.

4) As medidas imediatas tomadas na unidade hospitalar garantiram a manutenção da vida da paciente.

5) O braço esquerdo foi imediatamente tratado desde os primeiros sinais de isquemia secundário ao choque hemorrágico, conforme consta no relatório médico.

6) Todas as medidas e decisões tomadas priorizaram salvar a vida da paciente até que ela apresentasse melhores condições para transferência para um hospital de maior complexidade.

7) A paciente recebeu assistência de todos os médicos, especialistas e recursos necessários na tentativa de preservar o braço esquerdo. Porém, devido à irreversível piora do quadro com trombose venosa de veias musculares e subcutâneas, houve a necessidade de se optar pela amputação do membro em prol da vida da paciente.

O Hospital lembra que afastou a liderança da unidade objetivando a transparência nas apurações e reitera seu compromisso em continuar prestando assistência e dando o suporte necessário à paciente. As demais denúncias agora apresentadas também serão apuradas com critério e rigor."

Outros casos
O primeiro caso denunciado foi o de Gleice Kelly, que teve a mão amputada. Ela estava grávida de 39 semanas quando deu entrada no Hospital da Mulher Intermédica de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, no dia 9 de outubro do ano passado. O bebê nasceu no dia seguinte de parto normal e totalmente saudável, mas o procedimento provocou uma hemorragia interna na vítima. Para tentar conter o sangramento, a equipe médica fez um acesso venoso pela mão da paciente.
"A Gleice Kelly entrou na mesa de parto para ter o terceiro filho, de parto normal e foi um sucesso, a criança nasceu saudável, mas ela teve um sangramento, uma hemorragia que não conseguiam cessar. Então fizeram um acesso venoso e começaram a colocar bastante medicação ali para tentar conter a hemorragia. Só que, o que a gente entende é que esse acesso saiu da veia dela e começou a inchar a mão, trazer dores e inchaço, e ficou vermelho", contou a advogada Monalisa Gagno.
Monalisa ainda relata que, mesmo com pedidos da família, a unidade médica não buscou entender os motivos do inchaço na mão de Gleice Kelly. A jovem chegou a ser transferida para uma segunda unidade de saúde da mesma rede hospitalar, desta vez em São Gonçalo, na Região Metropolitana. No local, Gleice ficou internada na CTI e teve o membro amputado. Desde então, segundo Monalisa, a vítima não recebeu nenhuma assistência do hospital e o membro amputado desapareceu.

Nesta quarta (18), outras duas mulheres denunciaram o hospital, por negligência no atendimento da maternidade da unidade, resultando na morte de dois bebês recém-nascidos.
Ana Beatriz Rangel, de 22 anos, deu à luz ao seu primeiro filho no dia 23 de setembro de 2020. O pequeno Enzo nasceu saudável, mas poucas horas depois começou a apresentar sinais roxos pelo corpo. "Ele nasceu bem, chorando, mexendo, tudo normal. No dia seguinte ao parto meu filho ficou com o pé roxo e não respondeu mais. Chamamos os médicos às 8h para avisar, e nos pediram para cobrir ele pois era frio. Cobri com três mantas e ele foi ficando cada vez mais roxo", conta.
Somente às 16h a médica retornou ao quarto e, ao ver que a piora no quadro de saúde da criança, o levaram para a UTI neonatal.
Enzo faleceu após duas hemorragias pulmonares e quatro paradas cardíacas, no dia 1º de outubro de 2020. Ainda de acordo com a mãe da criança, o prontuário foi rasurado, informando que uma ultra de pulmão feita no recém-nascido não havia dado alteração.
O caso da Gabriela Marques Araújo, de 27 anos, é semelhante ao da Ana Beatriz. A mulher havia planejado nos mínimos detalhes a chegada do pequeno Gustavo na maternidade do Hospital NotreDame Intermédica Jacarepaguá, mas o sonho terminou em pesadelo. O caso aconteceu em janeiro de 2022.
"Meu filho nasceu bem, saudável. Logo depois do parto eu fui levada para o quarto e depois de algumas horas, ainda grogue da anestesia, vi que meu filho estava desconfortável. Meu marido chamou logo a enfermeira, mas demorou muito tempo para que alguém aparecesse. Quando um profissional do hospital chegou meu filho já estava todo roxo e precisava ser encaminhado à UTI neonatal do hospital", lembra Gabriela.
No entanto, a mãe de primeira viagem foi informada que a unidade estava sem ambulância e que a UTI ficava em um prédio ao lado do que ela estava. O pequeno Gustavo, com horas de vida, teve que ser levado nos braços do pai, a pé, até a UTI.
Gustavo nasceu no dia 4 de janeiro de 2022 e faleceu dois dias depois. Ambos os casos foram registrados na 41ª DP (Tanque) e são investigados como homicídio culposo. O caso mais recente, da jovem Gleice Kelly, também está sendo investigado pela mesma distrital, mas está sendo tratado como lesão corporal culposa.
O que diz o hospital
Em nota, em relação ao caso de Gleice Kelly, io Hospital da Mulher informa que a liderança regional médica foi afastada da unidade. "Instaurou-se no Comitê de Ética Médica uma auditoria minuciosa sobre o quadro clínico e procedimentos realizados nos atendimentos feitos à paciente Gleice Kelly Gomes Silva, seguindo os processos internacionalmente conhecidos como Protocolo de Londres, considerados os mais rigorosos para apurações dessa natureza", disse em comunicado.
A unidade relatou ainda que todas as informações obtidas nessa investigação já estão sendo colocadas à disposição das autoridades encarregadas de esclarecer os fatos ocorridos.
"A direção do hospital tem todo o interesse em colaborar de forma oficial para que a elucidação das denúncias somente agora apresentadas. Espera ainda que, na hipótese de comprovadas eventuais responsabilidades, os envolvidos sejam punidos na forma da lei. O hospital lamenta profundamente o sofrimento por que estão passando a paciente e sua família – e lhes dará todo suporte e acolhimento necessários", acrescentou.
Em relação às demais denúncias, o hospital informou que serão apuradas com critério e rigor.
O Hospital da Mulher informa que a liderança regional médica foi afastada da unidade. Instaurou-se no Comitê de Ética Médica uma auditoria minuciosa sobre o quadro clínico e procedimentos realizados nos atendimentos feitos à paciente Gleice Kelly Gomes Silva, seguindo os processos internacionalmente conhecidos como Protocolo de Londres, considerados os mais rigorosos para apurações dessa natureza.

Todas as informações obtidas nessa investigação já estão sendo colocadas à disposição das autoridades encarregadas de esclarecer os fatos ocorridos. A direção do hospital tem todo o interesse em colaborar de forma oficial para que a elucidação das denúncias somente agora apresentadas. Espera ainda que, na hipótese de comprovadas eventuais responsabilidades, os envolvidos sejam punidos na forma da lei.

O hospital lamenta profundamente o sofrimento por que estão passando a paciente e sua família – e lhes dará todo suporte e acolhimento necessários. As demais denúncias agora apresentadas também serão apuradas com critério e rigor.