Policiais realizaram operação em uma "clínica de horrores", em MagéDivulgação

Rio - O pastor Gilberto Cabral Leão e seu funcionário Cristiano Santos da Silva, presos por comandar uma suposta 'clínica de reabilitação', onde dez pessoas eram mantidas em situação análoga à escravidão, em Magé, na Baixada Fluminense, controlavam benefícios recebidos pelos internos. De acordo com a Polícia Civil, os jovens tinham assinaturas falsificadas e seus documentos controlados pelos líderes.
Esses pagamentos ficavam diretamente com os donos do local, que controlavam os saques em dinheiro. A casa na Baixada foi alvo de uma ação de policiais da 65ª DP (Magé) nesta quinta-feira (26).No local, os agentes encontraram as vítimas que eram obrigadas a trabalhar e ainda precisavam pagar para permanecer no local.
Os agentes também descreverem o local como "clínica de horrores" ao se referir às condições do local. As dependências não tinham condições mínimas de higiene.
Os internos, parte formada por idosos, portadores de HIV e dependentes químicos, era mantida sob cárcere e proibidos até de contatar parentes. Em caso de desobediência, Gilberto e Cristiano não deixavam a vítima se alimentar e trancava em um quarto com condições sub humanas.
A batida no local contou com apoio da vigilância sanitária de Magé. Os internos foram encaminhados ao Hospital Municipal de Magé, onde passaram por diversos exames. Os pacientes serão levados a um abrigo da prefeitura.