Buraco fica em muro de aterro sanitário que fica nos fundos do presídio Bangu 6Reprodução/Redes Sociais

Rio - Um buraco no muro do aterro sanitário do Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste, foi encontrado, nesta terça-feira, por policiais penais. A passagem aberta na construção fica bem atrás da unidade Lemos Brito, o Bangu 6, de onde escaparam três presos de alta periculosidade no último final de semana.

De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), o buraco não tem relação com a fuga. A abertura teria sido feita por operários do aterro que realizavam a remoção das raízes de uma árvore.

A pasta esclareceu que uma equipe da prefeitura do Complexo Penitenciário atuava no local para fazer o fechamento, ainda no início da noite desta terça-feira.

Na fuga do fim de semana, os presos Jean Carlos da Conceição, o Jean do 18, Lucas Apostólico da Conceição, conhecido como Índio, e Marcelo de Almeida Farias, o Marcelinho da Merindiba, conseguiram sair usando uma espécie de escada improvisada.
O artifício tinha lençóis e pedaços de madeira. A estrutura foi arremessada e fixada em um muro, permitindo que os presos fugissem. Os três trabalhariam na equipe de faxina formada por internos. 
Os presos

Jean do 18, de 37 anos, era apontado como um dos líderes do tráfico no Morro do Dezoito, em Água Santa, na Zona Norte. Ele estava preso desde 2017, quando foi detido por policiais do 3º BPM (Méier) durante uma operação na comunidade. Jean foi indiciado pelo homicídio de Roberto Viegas Rodrigues, que era seu advogado, e por ocultação de cadáver. Na época, ele já acumulava mais de 20 mandados de prisão.

Os outros dois presos também são classificados como presos de alta periculosidade. Marcelinho do Merindiba, de 40 anos, teria saído de Bangu 6 em outra ocasião em 2015, quando cometeu uma tentativa de homicídio contra uma mulher a mando de outro presidiário.