Sepultamento de Rodrigo está marcado para o Cemitério de Sampaio Corrêa, em SaquaremaGoogle Street View

Rio - O corpo de Rodrigo Tavares dos Santos, de 35 anos, morto após ser imprensado por placas de mármore, será sepultado nesta quarta-feira (1º) no Cemitério de Sampaio Corrêa, em Saquarema, na Região dos Lagos do Rio.
O velório está marcado para começar às 7h e o sepultamento previsto para às 9h. O local foi escolhido porque a maioria dos parentes do homem moram no município. A cunhada de Rodrigo, que preferiu não ser identificada, casada com o irmão da vítima, contou ao DIA que a notícia da morte dele abalou a família toda, principalmente a mãe que tem problemas de coração. Rodrigo era casado e não tinha filhos.
"Está sendo uma perca muito difícil. Ele era uma pessoa muito querida na família. Sempre foi trabalhador. Nós conseguimos transportar o corpo até Saquarema onde a maioria dos parentes dele mora como a mãe, os tios e primos. Foi muito difícil avisar a eles. Minha sogra tem problemas de coração e ficou abalada. Queremos apenas Justiça", disse a cunhada.
A parente ainda informou que soube da morte do cunhado através de Roberto Batista da Silva, 50, um sobrevivente do acidente. O homem acompanhava Rodrigo e Bruno Fernandes dos Santos, 42, em um depósito em Irajá, na Zona Norte do Rio, na manhã desta segunda-feira (30), para comprar peças de mármore.
Bruno, que era dono de uma marmoraria em Madureira, também na Zona Norte, e Rodrigo não conseguiram sobreviver quando uma pedra de mármore caiu e esbarrou em outras, fazendo todas despencarem em cima das vítimas e os imprensarem contra a parede. Roberto conseguiu escapar no vão que se formou entre as pedras.
"Eu fiquei que entre o triângulo e consegui sair de gatinho. Comecei a gritar 'socorro, socorro', mas nada mais eu podia fazer e via eles ali morrendo, sem eu poder fazer nada. Eu sou apenas mais um sobrevivente. Vi meu patrão e meu amigo de trabalho morrerem sem poder fazer nada", lamentou.
O sepultamento de Bruno será realizado no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio, também nesta quarta-feira (1º). O caso está sendo investigado pela 27ª DP (Vicente de Carvalho) como homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de matar. Segundo a Polícia Civil, a investigação está em andamento para entender a dinâmica do fato. Uma perícia foi realizada no galpão e outras diligências estão sendo tomadas.
O depósito onde as mortes aconteceram não tinha alvará de funcionamento, de acordo com o Corpo de Bombeiros. A corporação informou que o estabelecimento não possuía autorização para funcionamento, além de não ter o Laudo de Exigências (LE), nem o Certificado de Aprovação (CA).