Familiares dos dois mortos em acidente em Irajá estiveram no IML nesta terça para reconhecimento do corpoMarcos Porto/Agência O Dia

Rio - O corpo de Bruno Fernandes dos Santos, de 42 anos, será sepultado nesta quarta-feira (1°), às 10h30, no Cemitério de Irajá, na Zona Norte. Bruno morreu nesta segunda (29) num acidente com pedras de mármore em um depósito, também em Irajá. Além dele, Rodrigo Tavares dos Santos, 35 anos, também foi vítima fatal do incidente.

O velório de Bruno está marcado para às 8h, na Capela Nossa Senhora da Apresentação, na sala B. O marmoreiro e Rodrigo estavam no local para comprar pedras de mármore quando uma delas caiu, fazendo todas despencarem em cima das vítimas e os prensarem contra a parede. Os dois morreram na hora.

Segundo Caroline Oliveira, de 27 anos, cunhada de Bruno, a família está desolada com a perda repentina do rapaz. A mãe da vítima chegou a precisar de atendimento médico após saber do falecimento do filho.

"Estão todos desolados, muito mal. A esposa está arrasada, a mãe do Bruno, que é minha sogra, foi hospitalizada ontem porque estava bem mal quando eu recebeu uma notícia quando. O filho também foi para o hospital porque passou mal. Está todo mundo sem acreditar ainda", contou.

Em seu relato ao Dia, ela contou que a família só soube da morte ao chegar no local do acidente. "A gente não tinha recebido a notícia de que ele faleceu na hora. A cunhada do meu marido ligou para falar que ele [o Bruno] tinha sofrido acidente, que uma pedra tinha caído em cima, não explicou direito porque estava muito nervosa. Meu marido foi para o local e lá avisaram que o irmão dele já tava já estava morto".

Bruno era dono de uma marmoraria em Madureira, também na Zona Norte, já Rodrigo era seu funcionário. Um terceiro homem, Roberto Batista da Silva, de 50 anos, também funcionário da vítima, conseguiu sair com vida.

Segundo ele, só conseguiu escapar do acidente por ter ficado no triângulo que se formou entre as pedras. "Eu fiquei que entre o triângulo e consegui sair de gatinho. Comecei a gritar 'socorro, socorro', mas nada mais eu podia fazer e via eles ali morrendo, sem eu poder fazer nada. Eu sou apenas mais um sobrevivente. Vi meu patrão e meu amigo de trabalho morrerem sem poder fazer nada", lamentou.

A morte de Bruno e Rodrigo está sendo investigada pela 27ª DP (Vicente de Carvalho) e foi registrada como homicídio culposo. A investigação está em andamento para entender a dinâmica do fato. Com isso, uma perícia foi realizada no galpão e outras diligências estão sendo tomadas.
depósito onde ocorreu o acidente não tinha alvará de funcionamento, segundo o Corpo de Bombeiros. A corporação informou que o estabelecimento não possuía autorização do próprio Corpo de Bombeiros para funcionamento, além de não ter o Laudo de Exigências (LE), nem o Certificado de Aprovação (CA).

Ainda não há informações sobre o sepultamento de Rodrigo.