Perfil de Wallace no Instagram fez postagem com enquete perguntando quem mataria o presidente LulaReprodução/Redes Sociais

Rio - O jogador de vôlei Wallace Leandro, do Cruzeiro, que causou polêmica nas redes sociais em postagem contra o presidente Lula, se tornou alvo de uma denúncia da Alerj protocolada, nesta terça-feira (31), no Ministério Público Federal (MPF). Assumido apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, o atleta abriu enquete perguntando quem mataria o atual Chefe do Executivo Federal.
O teor da publicação chamou a atenção da Comissão Permanente de Combate às Discriminações e Preconceitos de Cor, Raça, Etnia, Religião e Procedência Nacional da Alerj, que é presidida atualmente pelo deputado Carlos Minc.
De acordo com a denúncia, deve ser avaliado o possível cometimento de crime de incitar, publicamente, a prática de violência; e de ameaça. A pena para os crimes que constam nos artigos 286 e 147 do código penal preveem pena de 3 a 6 meses de prisão, além de multa.
"Diante da gravidade da postagem efetuada nas redes sociais, e, diante do possível cometimento de crime contra o Presidente da República, Excelentíssimo Senhor Luiz Inácio Lula da Silva, vimos requerer a imediata investigação em desfavor do representado", diz a denúncia.
Postagem no Instagram
A postagem que gerou a denúncia foi feita nos stories do Instagram do atleta, mas apagada minutos depois. O registro trazia uma foto de Wallace segurando o que seria uma arma e, em seguida, uma enquete: "Daria um tiro na cara do Lula com essa 12?"; "Alguém faria isso?".
Na publicação, 54% dos votos era positivo para o ataque a Lula, enquanto 48% votaram em "não", que não fariam aquilo. A repercussão negativa da enquete fez com que o atleta, que é campeão olímpico, apagasse a postagem pouco tempo depois.
O Cruzeiro Sada, atual clube de Wallace, lamentou o episódio e pediu desculpas aos torcedores. "O Sada Cruzeiro lamenta profundamente a publicação realizada pelo nosso atleta Wallace".
Já a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) repudiou a postagem do atleta. "A CBV repudia qualquer tipo de violência ou incitação a atos violentos, e entende que o esporte é uma ferramenta para a propagação de valores como o respeito", pontuou.