Caso foi registrado como homicídio culposo na delegacia de Vicentearquivo O DIA

Rio - O depósito onde dois homens morreram prensados por placas de mármore em Irajá, na Zona Norte do Rio, nesta segunda-feira (30), não tinha alvará de funcionamento, segundo o Corpo de Bombeiros.
A corporação informou que o estabelecimento não possuía autorização do próprio Corpo de Bombeiros para funcionamento, além de não ter o Laudo de Exigências (LE), nem o Certificado de Aprovação (CA).
Bruno Fernandes dos Santos, de 42 anos, e Rodrigo Tavares dos Santos, 35 anos estavam no local para comprar pedras de mármore quando uma delas caiu, fazendo todas despencarem em cima das vítimas. Os dois morreram na hora.
Bruno era dono de uma marmoraria em Madureira, também na Zona Norte, já Rodrigo era seu funcionário. Um terceiro homem, Roberto Batista da Silva, de 50 anos, também funcionário da vítima, conseguiu sair com vida.
Segundo ele, só conseguiu escapar do acidente por ter ficado no triângulo que se formou entre as pedras.
"Eu fiquei que entre o triângulo e consegui sair de gatinho. Comecei a gritar 'socorro, socorro', mas nada mais eu podia fazer e via eles ali morrendo, sem eu poder fazer nada. Eu sou apenas mais um sobrevivente. Vi meu patrão e meu amigo de trabalho morrerem sem poder fazer nada", lamentou.
A ocorrência está sendo investigada pela 27ª DP (Vicente de Carvalho) e foi registrado como homicídio culposo. A investigação está em andamento para entender a dinâmica do fato. Com isso, uma perícia foi realizada no galpão e outras diligências estão sendo tomadas.
O caso aconteceu na parte da manhã, porém os corpos só foram retirados por volta das 20h. Segundo o Corpo de Bombeiros, houve demora na remoção pois os militares precisaram da ajuda de uma retroescavadeira para retirar as placas de mármore.