Edifício A Noite, localizado na Praça Mauá, foi o primeiro arranha-céu da América LatinaReprodução / Google Street View

Rio - A Prefeitura do Rio formalizou o interesse na compra do Edifício A Noite, localizado na Praça Mauá, Zona Portuária do Rio. Nesta quarta-feira (1º), o desejo foi registrado em um ofício enviado à ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.
Em setembro do ano passado, o imóvel foi colocado em sistema de venda direta pelo valor de R$ 28,9 milhões. Até então, a plataforma online do Governo Federal havia registrado três propostas. Duas delas foram feitas por pessoas físicas, que não depositaram o sinal. A terceira, que segue em análise, é da Prosperita Incorporadora e Construtora Ltda., empresa com sede em Brasília.
O prédio foi oferecido ao mercado por meio de leilões em duas oportunidades: em abril de 2021 e julho do ano seguinte. Na primeira, o lance inicial era de R$ 98 milhões. Já na segunda, houve um desconto de 70%, chegando ao valor de R$ 38,5 milhões pela primeira oferta. Não houve interessados em nenhum dos pregões.
Inaugurado em 1929, o Edifício A Noite tem 102 metros de altura e é considerado o primeiro arranha-céu da América Latina. Com uma área construída de 29.377 metros quadrados, foi erguido para ser sede do jornal que carregava o mesmo nome. Além disso, a Rádio Nacional, vinculada à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), também funcionou no local entre 1936 e 2012.
O imóvel de estilo art-déco foi projetado pelos arquitetos Elisário Bahiana e Joseph Gire, que também é responsável pelo projeto do Copacabana Palace e do Palácio Laranjeiras. Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o prédio foi transferido para a União em julho de 2020. Com isso, passou a custar R$ 1 milhão, por ano, aos cofres públicos.