Maria Eduarda, de 12 anos, e Andréa Cabral, de 37, mortas a tiros reprodução

Rio - A Justiça do Rio manteve a prisão temporária de Alexandre da Silva, 49 anos, suspeito de matar a mulher Andréa Cabral Pinheiro, de 37 anos, a filha Maria Eduarda Fernandes Affonso da Silva, 12 anos, e o filho Matheus Alexander Cabral Pinheiro da Silva, 11 meses. A audiência de custódia ocorreu no último domingo (19).
Na decisão, o juiz Rafael de Almeida Rezende informou que o motorista de aplicativo relatou ter sido espancado por vizinhos, na última sexta-feira (17), após o crime. Ele está preso na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte.
Segundo a Polícia Civil, Alexandre teria usado uma substância para dopar as vítimas antes de matá-las. A mulher e a garota foram baleadas na cabeça, e o bebê foi asfixiado. As três vítimas foram encontradas mortas dentro de um apartamento no Recreio, na Zona Oeste.
"A perícia identificou que houve a utilização de melatonina, que é uma substância que tem como finalidade provocar sono. Isso foi fundamental para que ele conseguisse cometer o crime. Ele dopou as três vítimas, as deixou dormindo, matou e depois saiu do local, retornando agora pela manhã. Não demonstrou nenhum arrependimento até agora. Está frio, calmo", expôs o delegado Wilson Palermo, responsável pelas investigações.
O suspeito trabalhava como motorista de aplicativo e tinha anotações criminais anteriores. Alexander vai responder por homicídio, feminicídio e será incluído na nova lei que trata da violência doméstica contra crianças e adolescentes.
As vítimas foram enterradas neste sábado (18) no Cemitério de Inhaúma.