Juliane Campelo estava internada desde terça-feira em estado graveReprodução/Redes Sociais

Rio - A família da jovem Juliane Campelo da Silva Layana, morta após cair de ônibus do Metrô na Superfície na Gávea, Zona Sul do Rio, decidiu, nesta quarta-feira (1º), doar os órgãos da filha. Segundo relato de familiares, ela já havia manifestado o interesse de ser doadora.
Juliane trabalhava na área de logística para transplantes pela Fundação de Saúde do Estado do Rio. A família recebeu o diagnóstico de morte cerebral, no fim da noite de quarta-feira, um dia depois do acidente da parente.
Juliane seguia para o trabalho, no trajeto de Campo Grande para o Leblon, quando a queda ocorreu. Relatos de testemunhas indicam que a porta do coletivo, que circulava nas proximidades da PUC-Rio, abriu quando o motorista fez uma curva brusca.
Juliane teria caído após ser pressionada contra a porta por outros passageiros que se desequilibraram. Após ser socorrida, a vítima foi levada para o Hospital Miguel Couto, no Leblon, e transferida para o Hospital Caxias d'Or, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no dia seguinte.
De acordo a Polícia Civil, o caso foi registrado na 15ª DP (Gávea) e está sob investigação. O motorista do coletivo foi ouvido e imagens de câmeras de segurança solicitadas. A perícia foi realizada no local e o veículo também será periciado. Diligências estão em andamento para esclarecimento dos fatos.
Procurada, a Secretaria Municipal de Transportes informou que fará uma fiscalização na frota de ônibus que presta esse serviço ao Metrô e esclarece que ações diárias de fiscalização nas ruas e garagens de ônibus fazem parte da rotina diária da SMTR. "Em casos de irregularidades, são aplicadas multas e os veículos, dependendo do estado, podem ser lacrados", informou em nota.
Em comunicado, o MetrôRio lamentou profundamente o acidente e informou que notificou a empresa Auto Viação Tijuca, responsável pela operação do serviço de ônibus, para que sejam apuradas todas as causas do ocorrido.