Cinco mulheres iniciam o treinamento para serem condutoras do VLT, neste Dia Internacional da MulherDivulgação / VLT Carioca

Rio - Neste Dia Internacional da Mulher, o VLT Carioca vai receber a primeira turma de condutoras formada exclusivamente por pessoas do sexo feminino. Cinco funcionárias iniciam, nesta quarta-feira (8), o treinamento para atuar na função e ao longo dos próximos quatro meses elas passarão pela capacitação, com avaliações constantes. 

Danielle Dantas, coordenadora de Recursos Humanos do VLT Carioca, afirma que a empresa preza pela diversidade e dá uma dica para as mulheres que desejam ingressar na instituição.
“Todos os nossos processos de recrutamento levam em conta a importância de garantirmos a diversidade na companhia, promovendo um ambiente de equidade e valorização. E para quem pensa ser condutora no VLT, deixo uma dica importante: a carteira D. Este item é indispensável e ainda são poucas as mulheres habilitadas”, ressaltou a coordenadora.

Há pouco mais de dois anos no VLT como agente de Fiscalização, Luciana Souza, de 33 anos, decidiu mudar de carreira e se habilitou na categoria D, pois sabia que teria uma oportunidade como condutora na empresa. Ela acredita que a experiência no dia a dia da operação e o apoio dos colegas vai ajudar na nova função. “Eles me apoiam. Somos muito unidos e nos motivamos a querer evoluir, investir em aperfeiçoamentos e aproveitar essas oportunidades que a empresa estimula em nós”, disse Luciana.
Viviane Farias, de 39 anos, chega ao VLT com a experiência de motorista carreteira. Filha de pai taxista, ela seguiu os passos da irmã e trabalhou dirigindo veículos pesados. "A gente sabe que nessas profissões majoritariamente masculinas as pessoas olham para as mulheres com um olhar diferente, mas a forma respeitosa como fomos recebidas me deixou encantada”, afirmou Viviane.

A vida profissional de Sheila Oliveira, de 32 anos, começou aos 13, carregando pedra e areia para juntar dinheiro e assim comprar uma sandália para frequentar a escola. Ela também atuou na recepção de uma autoescola, quando teve a sua primeira habilitação e conseguiu chegar na categoria D. “Não quero ser só uma referência para a minha família, mas para todas as mulheres que encontram a mesma dificuldade para conseguir uma oportunidade no mercado de trabalho. Nós enfrentamos várias barreiras e o tempo todo temos que provar que somos capazes. E nós somos”.