Leonardo será enterrado hojeArquivo Pessoal
“Fiquei sabendo que um meliante já tinha feito assalto a um ônibus na região e entrou na Reduc. Lá, eles pegaram outro segurança de refém e meu irmão foi ajudar, mas acabou sendo alvejado por essas vítimas da sociedade, que alguns defendem, mas que tirou uma pessoa da nossa família, que estragou mais uma família e a pergunta que eu faço é a seguinte: Vai ser mais que vai entrar para estatística? Vai ser mais um que perdeu sua vida? Vai ser apenas mais uma família destruída e vai ficar por isso mesmo? Infelizmente, o que será feito a partir de agora não vai trazer meu irmão de volta”, questionou.
De acordo com Cícero, Leonardo era o irmão caçula, deixa mulher e uma filha de 6 anos. O vigilante havia iniciado a faculdade de Gestão de Segurança Privada e Pública há pouco tempo, devido ao novo emprego, que estava por aproximadamente um ano.
“Ele era uma pessoa muito alegre, muito feliz, raramente você via ele chateado com alguma coisa, pessoa de bem com a vida, que encontrou seus caminhos de seguir adiante. Ele tinha comprado um carro, inclusive 0, a primeira coisa que ele fez foi lá em casa com a mulher me mostrar a conquista. A profissão que ele tava foi eu que incentivei, quando surgiu a oportunidade, ele me ligou, e eu falei para aproveitar, mas infelizmente a gente não sabe o que vai acontecer futuramente. Ele gostava muito de trabalhar lá”, lamentou.
Cícero está com a mulher no IML desde às 7h e informou que aguarda por mais de quatro horas para liberação do corpo. Ele reclamou da demora do atendimento e disse que a família terá que arcar com os custos do enterro.
“Até agora não fomos atendidos, toda vez que batemos na porta dizem que temos que esperar alguém chegar. Sobre a empresa, eu liguei e me disseram que ele não tinha direito a assistência funerária. Até então estamos pedindo apoio dos amigos e familiares para dar um enterro digno pra ele”, disse.
Em nota, a Petrobras informou que por volta das 14h30, um homem, que tentou assaltar um ônibus na região, fugiu em direção à área externa da refinaria, onde fez um outro vigilante de refém. A Polícia Militar foi acionada. Ainda de acordo com a estatal, Leonardo era colaborador da empresa Veper que presta serviço na Reduc. “A Petrobras está atuando junto à empresa para prestar assistência à família da vítima”, disse em nota.
Segundo a PM, o suspeito armado entrou na Refinaria Reduc e rendeu um segurança do local, subtraindo o revólver do mesmo. Ao tentar empreender fuga, ele se deparou com outros dois seguranças da empresa, quando houve um breve confronto. Os demais vigilantes não ficaram feridos.
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