O estado de saúde da menina é estávelDivulgação

Rio - A bebê Maria Júlia da Silva Gomes, de 1 ano e 8 meses, baleada na perna no dia 10 deste mês, na Zona Sul, segue se recuperando e não corre risco de ter sequelas. De acordo com a mãe da pequena, Amanda da Silva, a criança já saiu da UTI e agora segue sob cuidados médicos na enfermaria no Hospital Miguel Couto, na Gávea.
Ainda segundo a mãe, a circulação sanguínea da perna de Maria Júlia, que havia sido rompida pelo disparo, já está normal e até o dia 23 deste mês os médicos irão avaliar se ela terá alta ou não.
"Ela ainda não está de alta. Eu sei que pelo menos até o dia 23 a gente está aqui ainda, devido ao antibiótico que ela toma. Ai, os médicos vão avaliar se vão dar alta ou não, mas eu espero e creio que sim", disse .
A pequena chegou a correr o risco de perder uma das pernas devido ao sangramento causado pelo tiro, mas a situação conseguiu ser revertida pelos médicos. "A perninha que o projétil ficou alojado não sofreu nenhum dano. A outra teve uma fratura no fêmur, então ela está com uma calha de gesso. Ela precisou engessar devido à cirurgia vascular. Apesar de ela estar com a calha, assim que o osso calcificar, os movimentos vão voltar ao normal. Eles [os médicos] falaram que não vai ter nenhuma sequela", afirmou Amanda.
"Poxa, estou muito aliviada que deu tudo certo. Foi a pior sensação que eu tive na minha vida. Mas graças a Deus deu tudo certo na cirurgia e em todo o resto", desabafou.
Relembre o caso
Maria Júlia foi baleada, na manhã do último dia 10, durante um tiroteio nas Comunidades dos Tabajaras e Cabritos, na Zona Sul. Ela foi socorrida para a UPA de Copacabana e, em seguida, transferida para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea.
O pai da menina, o mototaxista Júlio César Pereira Gomes, revelou que mora em frente a UPP Tabajaras/Cabrito e que, por volta das 5h, sua filha foi atingida por um tiro dentro de casa, enquanto dormia. "Acordei muito assustado com o barulho dentro de casa, minha esposa também acordou assustada. Quando fui ver minha filha estava sangrando. Ai rapidamente eu corri, coloquei ela em cima da moto e levei pra UPA", contou.
Ainda de acordo com o pai, a menina teve as duas pernas atingidas pelo disparo, na altura do fêmur. "Na hora ela chorou muito, jorrou sangue. Ai eu peguei ela, enrolei ela na toalha e levei. Estou bastante nervoso, tenho problema de hipertensão, mas estou com fé. Ela não corre risco de morte", revelou, na ocasião.
De acordo com a Polícia Militar, agentes da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) e da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Tabajaras/Cabritos atuaram nas comunidades, no último dia 10. Durante a ação, um veículo blindado estava em deslocamento pelas ruas do morro quando homens armados atiraram contra as equipes policiais. Uma das bases da UPP também sofreu ataques criminosos. A PM afirmou que não houve revide por parte dos agentes.