Homenagem aconteceu em frente à escola municipal Tasso da Silveira, em RealengoReprodução / Redes sociais

Rio - A Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), presidida pelo deputado estadual Alan Lopes (PL), vai deliberar na próxima semana a convocação de uma audiência pública sobre como aumentar a segurança nas escolas. Após casos recentes de violência, representantes das polícias Civil e Militar, da Secretaria de Educação, psicólogos e pais de alunos serão convidados a participar do debate.
Na quarta-feira (5), durante o discurso para anunciar a audiência pública, o deputado Alan Lopes defendeu a presença de policiais em unidades de ensino e comentou sobre o homem que matou quatro crianças em uma creche em Blumenau, Santa Catarina, na quarta-feira.
"Temos que ter forças de segurança nas escolas porque, se tivéssemos policiais lá na creche de Blumenau naquele momento, certamente esse covarde não teria feito o que fez", disse o presidente da Comissão de Educação: "Vamos convocar audiência para discutir a segurança pública dentro das escolas, não vamos permitir covardia contra crianças porque temos aqui no Rio forças de segurança para defender nossas meninos e meninas".
Durante a sessão plenária, o deputado Flavio Serafini (Psol), membro titular da comissão, também comentou sobre os recentes casos de violência nas escolas e destacou a importância de psicólogos e assistentes sociais na rede de educação.
"Ano passado foi um ano eleitoral, o governou lançou um projeto e contratou 1.500 assistentes sociais e mais de 10 mil mães. Esse ano, após eleições, o governo interrompeu o projeto. As assistentes sociais estão fazendo a maior falta nas escolas. As assistentes sociais foram fundamentais, fizeram encaminhamento para rede de saúde, acolheram, encaminharam as crianças com questões de vulnerabilidade social. Este ano, era para aprimorar o projeto e incluir os psicólogos escolares. Que diferença faria agora, nessa situação onde a gente está vendo os episódios de violência nas escolas crescerem, termos o assistente social e o psicólogo escolar. É urgente que o governo acelere. É uma lei federal que já está em vigor, tem uma lei estadual que já está em vigor, que prevê esses profissionais na rede. Vamos inseri-los", ressaltou.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação informou que, desde 2013, tem no quadro servidores concursados psicólogos e assistentes sociais. Eles prestam orientação e suporte aos gestores e às equipes técnico-pedagógicas em casos de violência, risco social ou de saúde. E, quando necessário, dão atendimentos para a comunidade escolar nos equipamentos públicos de referência.

"Vale ressaltar que está em andamento, junto à Comissão do Regime de Recuperação Fiscal, em vigência no estado do Rio de Janeiro, o processo seletivo para a contratação de mais profissionais", concluiu a secretaria.
Na quinta-feira passada, o governador Cláudio Castro anunciou a criação de um Comitê Permanente de Segurança Escolar para coordenar políticas de proteção aos alunos dentro e fora das escolas. A primeira medida será a criação do aplicativo Rede Escola, desenvolvido pela Polícia Militar, que contará com um botão de emergência para acionar as forças de segurança.