Cão ataca menino em escola, na Maré.Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Em imagens que circulam nas redes sociais, é possível ver o momento em que os estudantes tentam se proteger e sobem em grades e mesas. Gabriel chegou a subir em uma mesa de jogos, mas foi mordido na perna.
Cachorro invade escola e ataca crianças na Zona Norte.#ODia
— Jornal O Dia (@jornalodia) April 13, 2023
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“Eu estava jogando totó, mas quando eu vi o cachorro eu pulei em cima da mesa, mas ele agarrou no meu calcanhar, aí eu tentei puxar e cortou. Depois eu gritei pra professora tirar ele porque ele continuava me mordendo, aí ela veio com uma vassoura e tirou, mas eu fiquei desesperado gritando”, contou Gabriel.
De acordo com a mãe do menino, Luciene Heleno de Maria, 49 anos, a escola ligou para ela informando do ocorrido por volta do 12h e ao chegar na instituição o cachorro, que parecia ser da raça pitbull, ainda estava sendo colocado para fora e tentou ataca-lá.
“A coordenadora do colégio me ligou dizendo que tinha acontecido um acidente. Ela disse que um cachorro tinha entrado na escola e agredido ele e mais dois alunos. Quando eu cheguei lá o animal ainda estava na porta da escola e uma pessoa tentando colocar ele pra fora com uma vassoura, e ele veio pra cima de mim, mas eu subi em cima de um carro, o que chegou a fazer uma bolha na minha mão porque estava muito quente. Logo depois minha filha chegou com o esposo dela e o cachorro também foi pra cima dela, que teve que subir no carro”, explicou.
Luciene contou ainda que o tênis do filho ficou todo rasgado e cheio de sangue. Ela reclamou também da falta de segurança nas escolas. “O que eu acho um absurdo é a falta de segurança, porque do mesmo jeito que a diretora colocou no grupo que não era horário de atendimento, ela não teria que abrir o portão, tinha que ter avisado que as crianças estavam no recreio, mas abriram e o cachorro entrou”. disse.
Segundo a mãe de Gabriel, o cão entrou na unidade escolar após pais de alunos deixarem o portão aberto ao entrar. Ela relatou que o animal é de rua e ninguém sabe quem era o dono. “O cachorro é de rua, ninguém sabe quem é o dono, ninguém sabe de nada. Quando eu cheguei na escola, eu entrei no carro de um professor para ir com ele para UPA e o cachorro ficou perambulando na rua”, relatou.
O estudante foi encaminhado para a UPA da Maré e em seguida os pais o levaram para o Hospital Municipal Loureço Jorge, na Barra. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde , o paciente foi medicado e recebeu curativo nos ferimentos, que eram superficiais.
“A SES esclarece que não há vacinação nas UPAs. Dessa forma, o paciente recebeu alta em boas condições de saúde e foi encaminhado para as unidades de referência no território para a realização da vacina antirrábica”, disse em nota.
Enquanto a direção do Hospital Lourenço Jorge informou que Gabriel foi novamente medicado e recebeu alta após a administração dos insumos de profilaxia antirrábica.
Após o atendimento, Luciane informou que registrou o caso na Polícia Civil e que a escola arcou com os custos do medicamento do Gabriel.
“Agora é só pedir ao estado e município mais cuidado e segurança nas portarias das escolas, porque ao mesmo tempo que foi na perna poderia ser no pescoço, no rosto e hoje eu estaria enterrando meu filho. Pensa se ele mata alguém, é uma raça perigosa, porque aí eles (os cães) sofrem maus tratos e acontece isso, as crianças sofrem. Eu queria mais cuidado, não só com meu filho, mas com todos os alunos”, pediu.
Por fim, Luciane contou que o colégio não tinha materiais de primeiros socorros. “Colocaram uma blusa e uma fita isolante preta, foi assim que ele foi pra UPA, lá tem muita criança, a escola tem que ter primeiros socorros. Meu filho está com três mordidas na perna”, finalizou.
Procurada, a Secretaria Municipal de Educação informou que o cachorro entrou na escola no momento em que o portão foi aberto para o atendimento de pais de estudantes.
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