Rio - A Justiça do Rio (TJRJ) decidiu manter a prisão preventiva do ex-vereador Gabriel Monteiro por estupro. O ex-PM foi preso em novembro do ano passado acusado de violentar sexualmente uma vendedora após a inauguração da boate Vittrini, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, em 15 de julho daquele ano. A mulher foi contaminada pelo vírus HPV.
Ele está custodiado na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, conhecida como Bangu 8, no Complexo de Gericinó.
A decisão é do juiz titular da 34ª Vara Criminal do Rio, Rudi Baldi Loewenkron, o mesmo que decretou a prisão preventiva de Gabriel. Ele rejeitou o pedido de revogação da prisão cautelar feito pela defesa de Gabriel. Segundo a decisão, os motivos que levaram à detenção do ex-vereador permanecem inalterados. Além disso, ele julga que a prisão é necessária para garantir a ordem pública.
Trechos do documento dizem que "os elementos iniciais que deflagraram a ação penal não foram alterados" e que "após a obtenção da prova oral em audiência, os indícios de autoria não foram afastados".
A sentença ainda afirma que "trata-se de crime grave com efeitos danosos (físicos e emocionais) na vida da suposta vítima pelo abalo psicológico decorrente de situações dessa espécie, até porque não é o tipo de infração penal que se possa comentar livremente para desabafar a respeito pela invasão da intimidade da pessoa que tal ato causa, o que impõe um sofrimento ainda maior do que um crime de roubo, por exemplo".
Por fim, o magistrado destaca ainda ser "desnecessário abordar outras questões neste momento, até porque o processo está próximo do julgamento quando será analisado o conjunto probatório, oportunidade em que será novamente avaliada a possibilidade de soltura".
Gabriel também é réu por filmar relações sexuais com uma adolescente de 15 anos à época, importunação sexual e assédio sexual. Nesse caso, a investigação apura os possíveis crimes contra a ex-assessora do parlamentar Luiza Caroline Bezerra Batista, de 26 anos.
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