Max Ângelo ao lado do apresentador Luciano Huck e do ator João VicenteReprodução / Redes Sociais

Rio - Uma vaquinha virtual organizada com o objetivo de arrecadar R$190 mil para o entregador de aplicativo Max Ângelo dos Santos, agredido pela ex-atleta de vôlei Sandra Mathias Correia de Sá, já ultrapassou a marca de R$ 120 mil. O valor arrecadado será usado para Max e a família comprarem uma casa própria. Mais de 4 mil pessoas já contribuíram.

A iniciativa partiu do apresentador Luciano Huck e do ator João Vicente. "Essa semana encontrei o Max esse ser humano incrível que foi covardemente agredido por uma Racista em são Conrado. Conversei com ele, perguntei qual era seu sonho e ele disse na hora: Sair do aluguel. Portanto abrimos uma vakinha (link nos stories) pra tentar comprar a casa dele. Qualquer valor ajuda e divulgar ajuda demais. Se você se revoltou e ficou com vontade de fazer alguma coisa por Max está aí a oportunidade", escreveu João Vicente em uma publicação nas redes sociais.
Na sexta-feira (14), Max foi presenteado com uma moto e uma bicicleta elétrica pelo iFood. Neste sábado (15), o entregador foi homenageado através de uma moção honrosa entregue pelo vereador Marcelo Arar (PTB).
Nas redes sociais, Max tem recebido muitas mensagens de carinho e apoio após a repercussão das agressões.
Relembre o caso

No último domingo (9), a ex-jogadora de vôlei agrediu violentamente o entregador, em São Conrado, na Zona Sul. Em imagens divulgadas, Sandra disfere socos em Max e dá puxões fortes na camisa dele. Em seguida, ele se esquiva e tenta se afastar.

Sandra não desiste e diz: "Tu não vai embora não, filha da p...". Logo após, ela retira a coleira de seu cachorro e começa a chicotear as costas do entregador. Os vídeos que circulam nas redes sociais mostram que, pelo menos, duas pessoas foram atacadas por Sandra.

A mulher teria se revoltado pelos entregadores estarem sentados na porta de uma loja, onde funcionam comércios na Estrada da Gávea, próximo ao prédio em que ela mora.
A Polícia Civil investiga o caso como lesão corporal e injúria por preconceito. Sandra foi intimada a depor na quarta-feira (12), mas não apareceu. Na delegacia, o advogado apresentou um atestado médico e disse que ela está machucada.