'Estava no lugar errado, na hora errada', diz filha de vítima de ataque a bar em Itaboraí
Gilsiara Alcântara, 40, estava no estabelecimento quando um motociclista passou atirando. Mulher morreu no local
Familiares de Gilsiara estiveram no IML de Tribobó, para reconhecimento do corpo. Na foto, Marceli Alcântara, filha de Gilsiara. - Marcos Porto/Agencia O Dia
Familiares de Gilsiara estiveram no IML de Tribobó, para reconhecimento do corpo. Na foto, Marceli Alcântara, filha de Gilsiara. Marcos Porto/Agencia O Dia
Rio - Familiares estiveram no Instituto Médico Legal (IML) de Tribobó, na manhã desta segunda-feira (24), para liberar o corpo de Gilsiara Alcântara, de 40 anos. A mulher morreu durante um ataque a tiros a um bar do bairro Retiro São Joaquim, em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, na tarde do último sábado (22). O crime é investigado pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI).
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O caso aconteceu por volta das 13h30 e câmeras de segurança flagraram o momento em que um homem em uma motocicleta, de capacete e roupas pretas, passa atirando contra quem estava no estabelecimento. Ainda no vídeo, o motociclista vai em direção à rua por onde algumas pessoas fogem, retorna e passa novamente em frente ao bar, mas não atira e deixa o local. Confira abaixo.
Homem mata mulher e fere três homens em ataque a tiros no bairro Retiro São Joaquim, em Itaboraí, Região Metropolitana do Rio, na tarde deste sábado (22)
O atirador não levou nada. Gilsiara, que estava na parte externa do bar, acabou sendo baleada, não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local. De acordo com a filha, Marceli Alcântara, a mãe morava na esquina e costumava frequentar o local todos os dias para beber e se divertir. Ela lamentou que a vítima estivesse no estabelecimento no momento do ataque e a descreveu como uma mulher querida por todos.
"Ela morava na esquina, era um lugar que ela ia sempre, que ela frequentava todos os dias. Ela ia para beber, para se divertir, todos os dias, ela sempre frequentou esse lugar, sempre foi para curtir, sempre bebeu lá. Infelizmente, estava no lugar errado, na hora errada e aconteceu. Minha mãe era uma pessoa que todo mundo gostava, ela se dava bem com todo mundo", desabafou Marceli, que estava muito abalada e precisou ser amparada.
O corpo de Gilsiara foi sepultado às 13h desta segunda-feira, no Cemitério Municipal São João Batista, no Centro de Itaboraí. Na manhã de hoje, a reportagem do DIA esteve no local do crime, na Rua José Leandro, e o bar estava funcionando. Nas paredes do estabelecimento, foi possível ver diversas marcas de tiros.
Câmeras de segurança também registraram o crime. Nas imagens, cerca de sete pessoas estavam sentadas em cadeiras do estabelecimento, quando um homem levanta assustado, seguido pelos outros. Na correria, um deles cai e não se levanta mais. O vídeo mostra ainda um criminoso efetuando os disparos, enquanto outras pessoas tentavam se esconder. Toda a ação durou cerca de 30 segundos.
A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) ainda investiga um outro ataque a tiros em Itaboraí. O caso também aconteceu em um bar da cidade, dessa vez no bairro Jardim Imperial, na madrugada deste domingo (23), e provocou a morte de Pablo Almeida dos Reis, de 19 anos.
De acordo com relatos, homens encapuzados passaram atirando de dentro de um veículo de cor prata e fugiram do local em seguida. A especializada instaurou um inquérito e agentes realizam diligências para esclarecer as circunstâncias e a autoria do crime. Ainda não há informações sobre o local e horário do sepultamento de Pablo.
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