Thayssa trabalhava no Departamento de Recursos Humanos (RH) da Câmara de Vereadores de São GonçaloReprodução
Mulher que denunciou vereador por assédio sexual pede demissão da Câmara de São Gonçalo
Thayssa Guimarães acusa o parlamentar de fazer menção a sexo oral durante uma conversa
Rio - Thayssa Guimarães, de 25 anos, que denunciou o vereador Jorge Mariola (Podemos) por assédio sexual, pediu demissão no fim da tarde desta terça-feira (16) da Câmara de São Gonçalo, município da Região Metropolitana do Rio.
O motivo da demissão seria a situação que ela estava passando na Casa, onde trabalhava no Departamento de Recursos Humanos (RH) após a realização da denúncia. Thayssa teria afirmado em seu pedido que o tratamento que vinha recebendo estava a desestabilizando. Inclusive, ela teria falado que não recebeu apoio da chefia sobre o caso.
Questionada sobre o assunto, a Câmara de São Gonçalo informou nesta terça-feira (16) que "refuta e rechaça vigorosamente quaisquer atos de violência e assédio contra a mulher, em todos os espaços". A Casa ainda ressaltou que respeita a ampla defesa e o contraditório, deixando a averiguação para autoridades competentes, assim como pela Comissão de Ética da Câmara para a busca da verdade.
Após a denúncia, a Câmara de Vereadores abriu um protocolo de quebra de ética e decoro parlamentar para apurar o caso, que também foi registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do município. Segundo a Polícia Civil, as investigações continuam para esclarecer o caso.
De acordo com a denúncia, o vereador teria feito menção a sexo oral quando falou diretamente com Thayssa. Na sequência, o parlamentar teria tentado beijá-la. O caso aconteceu no dia 13 de abril.
"Eu estava atendendo a uma pessoa, e minha chefe estava atendendo o vereador. Em dado momento, eu soltei o cabelo, que estava preso em um coque, e ele falou: 'Nossa, o cabelo dela é grande, bom para puxar e fazer assim' e fez menção a sexo oral, como se fosse para eu fazer sexo oral nele", disse a funcionária, que afirmou que todos ficaram constrangidos no ambiente.
Jorge Luiz Gasco, o Jorge Mariola, nega as acusações.
"Venho a público prestar esclarecimentos acerca dos fatos infundados veiculados ao meu nome. Gostaria de esclarecer que sou um homem público há mais de vinte anos, os quais jamais tive qualquer mácula. Por fim, informo que a equipe está acompanhando a conclusão do inquérito para, ato contínuo, adotar as medidas judiciais cabíveis", postou o parlamentar em uma rede social.
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