Integrantes de 'Baralho do Crime' da Bahia são alvos de ação no Complexo da Penha
Polícia procura por Sidmar Soares dos Santos e Manoaldo Falcão Costa Junior, que são classificados, respectivamente, como Às de Copas e Rei de Paus no catálogo do Disque Denúncia
Bolota é Ás de Copas do Baralho no Crime do Disque Denúncia da Bahia - fotos Divulgação/Disque Denúncia
Bolota é Ás de Copas do Baralho no Crime do Disque Denúncia da Bahiafotos Divulgação/Disque Denúncia
Rio - A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) procura por dois criminosos que integram o 'Baralho do Crime' do Disque Denúncia da Bahia. Sidmar Soares dos Santos, o Bolota, e Manoaldo Falcão Costa Junior, o Gordo Paloso, foram alvos da operação que aconteceu nesta terça-feira (16), no Complexo da Penha, na Zona Norte, para localizar bandidos e lideranças de facções de outros estados escondidos na comunidade. Houve intenso confronto e um morador acabou atingido por uma bala perdida dentro de casa.
Ao fim da ação, um suspeito foi preso por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Também foram apreendidos tabletes de maconha para venda, mais de 3 mil papelotes de cocaína, 1,5 mil papelotes de crack, um fuzil, uma pistola e um radiocomunicador.
A lista criada pelo Disque Denúncia da Secretaria de Segurança Pública baiano identifica criminosos do estado por nome, apelido, foto, tipificação de crime e área de atuação. Assim como no baralho tradicional, as cartas dos criminosos contém naipe e numeração, que indicam o grau de periculosidade, sendo Às o mais alto. Classificado como Às de Copas, Bolota está foragido pelos crimes de homicídio, tráfico de drogas, formação de quadrilha e porte ilegal de arma de fogo. Já Gordo Paloso é Rei de Paus, procurado por homicídio e tráfico de drogas. Ambos atuam no Sul da Bahia.
O Disque Denúncia do estado recebe informações sobre o paradeiro dos criminosos pela Central 180. O anonimato é garantido. Entre os alvos da operação desta terça-feira, que tem apoio do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), também estão suspeitos de envolvimento na tentativa de assalto a um banco da Ilha do Governador, na última quinta-feira (11). Na ocasião, 11 bandidos foram presos por explodir uma agência da Caixa Econômica Federal da Rua Capitão Barbosa, na Praia de Olaria, no Cocotá. A quadrilha não conseguiu levar nenhuma quantia do banco, porque foi interceptada no momento do ataque.
O grupo já vinha sendo monitorado e a suspeita da Draco é de que 30 criminosos estiveram envolvidos na tentativa de roubo. A maior parte dos presos na ação faz parte do Comando Vermelho de outros estados, sendo eles Bahia, Minas Gerais, Paraíba e São Paulo, mas o ataque foi planejado por integrantes da facção no Rio de Janeiro. Os criminosos também já haviam participado de outros assaltos a bancos das regiões de onde vieram, além de terem praticado crimes junto com quadrilhas fluminenses.
A Secretaria Municipal de Educação do Rio (SME) informou que, por conta da operação, 13 unidades escolares da rede foram impactadas, afetando 4.621 alunos. Já a Secretaria Municipal de Saúde disse que as Clínicas da Família Valter Felisbino de Souza e Aloysio Augusto Novis mantêm o atendimento à população, mas as atividades externas realizadas no território, como as visitas domiciliares, estão suspensas.
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