Fachada da Dcav, nesta quinta-feira (18). Na foto, Luiz Henrique Marques Delegado da Dcav.Marcos Porto/Agencia O Dia

Rio - Policiais civis da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav) realizaram, nesta quinta-feira (18), a sétima etapa da Operação CTRL+L e prenderam, em flagrante, um homem por suspeita de produzir e armazenar centenas de vídeos de pornografia infantojuvenil, em Rocha Miranda, Zona Norte. A ação ocorreu no Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes.

Os agentes cumpriam mandado de busca e apreensão quando encontraram o material. O alvo era um atendente de telemarketing de 24 anos, que responderá pelo crime de armazenamento de cenas de abuso sexual infantojuvenil. Todos os dispositivos eletrônicos apreendidos na casa dele ainda serão analisados com a finalidade de identificar as crianças que foram vítimas dos abusos sexuais nos vídeos em que ele produzia.
A investigação, que teve início em janeiro desse ano, é o resultado da troca de informações entre os núcleos de inteligência da Polícia Civil, da Polícia Federal e do National Center for Missing & Exploited Children (NCMEC). No trabalho, foram empregadas modernas técnicas de investigação cibernética, além do monitoramento do tráfego do conteúdo na internet, que identificou que o alvo da operação produzia e armazenava centenas de imagens e vídeos de pornografia infantojuvenil, guardando todo o acervo digital em um determinado servidor de “nuvem”.
De acordo com o delegado da Dcav, Luiz Henrique Marques, o suspeito não negou as acusações, mas argumentou que os vídeos são antigos.

“Ele não nega, mas diz que o caso ocorreu quando ele era muito jovem e que naquele momento ele costumava consumir esse material pornográfico, mas que hoje não mais. Na residência dele foi encotrado farto material de pornografia o que resultou na prisão, também foi constatao que além de armazenar ele produzia videos com crianças e adolescentes, em poses sexuais e nuas. Então ele vai responder por possuir, armazenar, colecionar e por produzir esses conteúdos”, explicou.

O delegado contou ainda que o nome do suspeito está sendo preservado porque nos vídeos produzidos há envolvimento de familiares. “Não há registro de ato sexual, apenas produção de conteúdo pornográfico, o que já é um crime muito grave. Ele pode responder por até 10 anos de reclusão”, esclareceu.

A "Operação CTRL+L 7" é mais uma fase de uma série de operações de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes desenvolvida pela Polícia Civil do Rio. O nome faz referência a um comando utilizado na informática para a busca e localização de arquivos, textos e formatações.