Mototaxista foi baleado próximo a uma farmácia na Avenida Engenheiro Souza Filho, em Rio das Pedras, Zona Oeste do RioReprodução / Redes sociais
Polícia investiga se milícia matou mototaxista por suspeitar de que ele seria informante do CV
Homem foi executado a tiros na tarde desta quinta-feira (18), em Rio das Pedras, Zona Oeste
Rio - A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga se o mototaxista executado a tiros na tarde desta quinta-feira (18), na Avenida Engenheiro Souza Filho, em Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio, foi morto por milicianos da região. Em grupos de mensagens, moradores afirmam que o homem, não identificado, teria sido assassinado por obter informações sobre a atuação do grupo paramilitar no bairro e repassar a integrantes do Comando Vermelho (CV).
Desde o ano passado, as comunidades das zonas Oeste e Norte vivem um clima de guerra por causa da disputa entre facções criminosas e milicianos. Sob forte influência de milicianos, as favelas têm sido palco de invasões do CV, que pretende expandir pontos de venda de drogas pelo Rio. Recentemente, integrantes do Terceiro Comando Puro (TCP) se juntaram com os paramilitares para expulsar bandidos da outra facção, que conseguiram invadir partes desses locais.
O CV disputa o controle dos Morros do Fubá e do Campinho, na Zona Norte, e Praça Seca, Muzema, Rio das Pedras, Complexo da Covanca, além da Gardênia Azul e a Cidade de Deus, na Zona Oeste. Nessas favelas, moradores têm sofrido com constantes confrontos entre os grupos rivais e operações policiais, que já deixaram diversos mortos. Na madrugada desta quinta-feira (18), inclusive, moradores disseram que foram acordados com som de tiros em Rio das Pedras.
A Polícia Civil realiza diligências e vai ouvir testemunhas nos próximos dias para esclarecer as motivações da execução do mototaxista. A perícia também foi realizada na noite desta quinta-feira (18). Com medo da violência em Rio das Pedras, moradores se assustaram com a presença das equipes do 18° BPM (Jacarepaguá), por volta das 19h. No entanto, segundo a Polícia Militar, os PMs estiveram na região para garantir o trabalho de perícia da DHC, em virtude do homicídio. A corporação também negou que estivesse fazendo operação no bairro.
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