Raphael era soldador e competia como fisiculturistaReprodução/Redes Sociais

Rio - O corpo do fisiculturista Raphael Casanova, que morreu de catapora no Chile, chega ao Brasil na noite desta sexta-feira (19) e será sepultado no Cemitério São Miguel, em São Gonçalo, às 16h de sábado. A informação foi confirmada por Juliana Casanova, irmã do rapaz, que resolveu os trâmites para liberação e translado do atleta. Na terça-feira (16), ela esteve no 6º Cartório de Alcântara, em São Gonçalo, onde conseguiu resolver toda a burocracia.
A família tinha até a próxima terça-feira (23) para conseguir providenciar toda a documentação necessária, caso o contrário, Raphael seria enterrado como indigente no país vizinho. Devido à situação, Juliana disse ao DIA que a família não teve tempo de passar pelo luto e chorar pela perda.
"Agora a gente pode ficar mais tranquilo, porque antes não estávamos conseguindo deitar a cabeça para dormir, descansar ou até mesmo sofrer o luto. A gente ainda não teve tempo para isso desde que a gente soube que só tinha duas semanas para resolver, a gente não parou", afirmou
A família de Raphael não tinha condições de pagar o translado do corpo e, por isso, resolveram fazer uma vaquinha para coletar doações e conseguir pagar o transporte. A campanha nas redes sociais teve sucesso e contou 363 dólares (aproximadamente R$ 1.800).
Entenda a história do atleta
Raphael morava na cidade de Antofagasta, no Chile, há seis anos, quando decidiu procurar novos caminhos para melhorar de vida. Ele trabalhava como soldador e, nas horas vagas, competia como fisiculturista, esporte pelo qual era apaixonado. 
Ao DIA, Juliana contou que, em dezembro do ano passado, Raphael avisou a mãe sobre feridas que surgiram em sua pele e o mal estar que vinha sentindo. Após ir ao médico, o fisiculturista foi diagnosticado com um tipo de catapora raro, que iria requerer um tratamento específico.
Durante alguns meses, ele fez o tratamento e acabou parando quando os sintomas desapareceram. Nesse período, Raphael participou de uma competição como fisiculturista e ganhou o primeiro lugar. No entanto, não muito tempo depois, os sintomas voltaram e foram se agravando com o passar dos dias. 
Com a ajuda de um amigo, Raphael foi levado para um hospital e ficou internado durante um mês, mas não resistiu, morrendo no último dia 9.