Raphael Montovaneli morreu após ser baleado na cabeça por um policial em setembro do ano passadoReprodução / Redes Sociais

Rio - Será realizada na tarde desta segunda-feira (22) a audiência para ouvir testemunhas do caso do técnico em radiologia Raphael Montovaneli, assassinado após ser baleado na cabeça por um policial militar durante uma blitz, na Avenida Marechal Rondon, Zona Norte do Rio, em setembro do ano passado. A audiência está marcada para 15h30, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
O PM Márcio Felipe dos Santos é réu por homicídio qualificado, quando não há possibilidade de defesa da vítima. De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o policial estava baseado na Avenida Marechal Rondon, quando o carro em que a vítima estava passou, sem que qualquer dos passageiros tenha notado a ordem de parada. O agente, então, disparou contra o veículo, atingindo a cabeça de Raphael, que estava no banco de trás.
Segundo testemunhas, o técnico em radiologia voltava do Maracanã após um jogo entre Flamengo e Fluminense. De acordo com a Polícia Militar, o disparo ocorreu quando o motorista do automóvel teria fugido da blitz em alta velocidade na direção dos agentes.
No entanto, segundo uma prima de Raphael, Amanda Montovaneli, o motorista acelerou para poder passar com o semáforo ainda aberto, já que a região é perigosa. 
O condutor teria então seguido para o Hospital do Andaraí, de onde ele e outros dois ocupantes foram à 25ª DP (Engenho Novo) para prestar esclarecimentos. Nenhum material ilícito foi encontrado no automóvel em que a vítima estava. Raphael teve morte cerebral confirmada dois dias depois.