Alexsandro foi preso por tentativa de feminicídio contra uma funcionária que se negou a ter um relacionamento com eleReprodução

Rio - A Polícia Civil prendeu na manhã desta terça-feira (23) o empresário Alexsandro da Silva Menezes, de 27 anos, que estava foragido da Justiça, por tentativa de feminicídio contra uma funcionária que se negou a ter um relacionamento com ele, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. O caso aconteceu em 2021, e de acordo com o inquérito policial, ele atirou contra a estudante de enfermagem Nathália Assis, de 19 anos, e a largou na porta do Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT) sem documentos e sem telefone.

Segundo as investigações, a vítima era funcionária do empresário, que possui um restaurante no bairro Raul Veiga, em São Gonçalo. A jovem contou que, mesmo sendo casado, Alexsandro insistia em ter um relacionamento e que ela não queria. Na época, Nathalia trabalhava há apenas um mês no estabelecimento do comerciante.

No dia do crime, a vítima estava com as amigas em uma festa, no bairro Parada 40, na mesma cidade, onde o empresário também estava com amigos. De acordo com os relatos de Nathália, ele voltou a insistir em um relacionamento, mas após uma discussão e uma nova recusa, atirou em sua direção, a atingindo o abdômen.

Em seguida, o acusado e um amigo deixaram Nathália ferida na porta do hospital. Ela ficou internada por 11 dias, sendo as 72 horas iniciais no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Durante a internação, as investigações apontam que Alexsandro conseguiu ter acesso ao quarto da vítima para intimidá-la a não revelar quem que ele havia sido o responsável pelo disparo. Ele teria conseguido entrar nas dependências da unidade de saúde após uma funcionária que o conhecia ter facilitado o acesso do agressor. Na época, a Secretaria de Estado de Saúde informou que a funcionária que ajudou na visita do agressor ao CTI do hospital foi desligada da unidade.
Contra ele, havia um mandado de prisão expedido pela 4ª Vara Criminal da Comarca de São Gonçalo, pelo crime de feminicídio, desde outubro de 2021.