Ex-deputado Roberto Jefferson foi preso após trocar tiros com policiais federais durante cumprimento de mandado contra eleValter Campanato/Agência Brasil

Rio - A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) enviou, neste sábado (3), toda a documentação médica do ex-deputado federal Roberto Jefferson para o Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de esclarecer seu real estado de saúde. O pedido foi realizado pelo ministro Alexandre de Moraes após a defesa de Jefferson requerer uma transferência para um hospital particular.
"A Seap informa que, em cumprimento a decisão judicial, enviou todas as informações sobre o estado de saúde do custodiado ao Excelentíssimo Ministro do Supremo Tribunal Federal, incluindo laudos médicos e boletins de atendimento médico", disse a secretaria.
A decisão do STF foi motivada por um pedido feito pela defesa de Roberto Jefferson para que o ex-parlamentar seja transferido do Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, localizado dentro do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, para o Hospital Samaritano Botafogo, unidade particular de saúde da Zona Sul.
Segundo os advogados, a transferência é necessária para que o ex-deputado possa realizar exames e ser submetido a "tratamento médico completo e adequado". De acordo com laudos apresentados no processo, ele já perdeu cerca de 16kg na prisão.

Na decisão, além de determinar o envio das informações pelo presídio, Moraes também cobrou o cumprimento de outra decisão na qual autorizou Roberto Jefferson a fazer exames particulares que não sejam oferecidos pelo hospital penitenciário, sendo autorizada a saída da penitenciária para realização dos procedimentos, mediante escolta policial.
Prisão
Roberto Jefferson está preso desde outubro do ano passado após oferecer resistência armada ao cumprimento do mandado de prisão decretado pelo ministro Alexandre de Moraes.
O mandado foi expedido depois que Jefferson publicou um vídeo na internet no qual ofendeu a ministra Carmen Lúcia com palavras de baixo calão.
Na ocasião, o ex-deputado deu tiros de fuzil e lançou granadas contra os policiais que foram ao local. Em função do episódio, ele foi indiciado pela Polícia Federal por quatro tentativas de homicídio e virou réu.