Cabo Eduardo Resende de Oliveira estava internado em estado grave no Hospital Municipal Salgado Filho, mas não resistiuDivulgação / Prefeitura do Rio

Rio - O policial militar Eduardo Resende de Oliveira, de 41 anos, morreu após ser baleado por criminosos, durante um patrulhamento nas proximidades do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, na noite desta quarta-feira (14). O cabo estava internado em estado grave no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo na manhã desta quinta-feira (15). 
O PM era lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Nova Brasília e realizava um patrulhamento na esquina das avenidas do Itararé com Itaoca, quando bandidos atiraram de dentro de um veículo e fugiram. Eduardo foi socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Alemão e depois transferido para o Salgado Filho, onde chegou a passar por uma cirurgia. 
O cabo estava na corporação desde 2014, deixa esposa e duas filhas. Ainda não há informações sobre o sepultamento da vítima. Somente em 2023, 30 agentes de segurança foram mortos em ações violentas no Rio de Janeiro, sendo 26 policiais militares - em serviço, de folga e reformados/reserva -; um policial civil; um militar do Corpo de Bombeiros; um policial penal; e um guarda municipal. 
"A Secretaria de Estado de Polícia Militar lamenta a morte do policial Eduardo Resende de Oliveira, de 41 anos, ocorrida na manhã desta quinta-feira. O cabo Resende era lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Nova Brasília e estava na corporação desde 2014. Ele deixa esposa e duas filhas", publicou a corporação. Na manhã de hoje, o policiamento foi reforçado e, por volta das 6h40, houve registro de novo tiroteio nas proximidades da comunidade do Canitar, segundo a plataforma Fogo Cruzado. Até o momento, não há registros de feridos ou presos. 
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (SME), na região do Complexo do Alemão, duas unidades escolares foram impactadas pelo confronto, afetando 196 alunos. Já a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que a Clínica da Família Zilda Arns mantém o atendimento à população, mas as atividades externas realizadas no território, como as visitas domiciliares, estão suspensas. 
Na noite de ontem, após o ataque contra as equipes da UPP, PMs seguiram o carro que fez os disparos e houve troca de tiros no final da Rua Paranhos, nos acessos à comunidade. Não houve presos ou outros feridos. Nas redes sociais, moradores compartilharam os momentos de tensão durante o tiroteio. Confira abaixo.