Setor de enfermagem iniciou paralisação de 48h nesta quinta-feira (29) exigindo melhorias salariaisDivulgação /SINDSPREVRJ

Rio - Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem das redes municipal, estadual e federal de saúde realizaram uma caminhada na tarde desta quinta-feira (29) do Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE), no bairro da Saúde, Zona Central do Rio, até o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, com o objetivo de reivindicar melhorias salariais. O ato dá início a uma paralisação de 48h, que já havia sido marcada na semana passada.
Os presentes na manifestação levaram cartazes e faixas pedindo a equiparação do salário ao piso nacional da categoria, principal solicitação da classe. Os enfermeiros também pedem o pagamento do piso retroativo a maio, a carga horária de 30 horas para todos e o 14ª salário.
Após a ida ao Souza Aguiar, os presentes se dirigiram até a Prefeitura do Rio onde marcaram a realização de uma vigília. De acordo com o Centro de Operações Rio (COR), o protesto ocupou pela a pista central da Avenida Presidente Vargas, altura da Central do Brasil, no sentido Praça da Bandeira e, posteriormente, à Candelária. A Guarda Municipal e a Polícia Militar acompanharam o ato.
A paralisação tem apoio do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Município do Rio de Janeiro (Satem-RJ), do Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiro (Sindenf-RJ) e do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social no Estado do Rio de Janeiro (Sindsprev-RJ).
Uma nova assembleia está marcada para às 10h desta sexta-feira (30), em frente ao Souza Aguiar, para decidir os próximos passos do setor. 
Entre as reivindicações estão:
Rede federal

– Aplicação do piso no salário base não na remuneração

– Pagamento do piso retroativo a maio

– Criação do cargo técnico de enfermagem no MS com devido enquadramento da carreira

– 30 horas para todos

– Carreira e cumprimento do Acordo de Greve de 2014

– Não ao assédio moral

– Não à estadualização do Hospital da Lagoa

Rede municipal do RJ/ Riosaúde e Organizações Sociais

– Pagamento do 14º salário

– Descongelamento dos triênios

– Garantia do pagamento do piso para os trabalhadores técnicos de enfermagem que estão alocado como auxiliares

– PCCS

– Reajuste do INPC dos últimos 5 anos para os trabalhadores da enfermagem das clínicas da família

– Enquadramento por formação dos técnicos de enfermagem na rede municipal

– Acordo coletivo e suas cláusulas econômicas e sociais para as OS

– Pagamento do piso salarial
– Não a privatização do Souza Aguiar

Rede estadual

– No estado, há o compromisso do secretário estadual de saúde, Dr. Luizinho, de pagar o piso. Nova assembleias para a rede estadual em 10 de julho
Questionada, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disse que considera a greve ilegal e prejudicial ao cidadão. A SMS destacou que monitora a situação dos hospitais para que não haja impactos sobre a assistência dos pacientes.
De acordo com a pasta, seguindo os parâmetros definidos pela Portaria 597/23, o Ministério da Saúde fará o repasse dos valores para o pagamento do piso salarial da enfermagem. No mês seguinte, o montante será repassado pelo Município do Rio para a categoria de forma proporcional ao valor enviado pelo Governo Federal.
Também procurados, o Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado de Saúde (SES) ainda não responderam. O espaço está aberto para manifestação.