MPF quer regularização fundiária do Campo de Santo Antônio, em Realengo, Zona Oeste do RioReprodução
De acordo com a ação, o MP atua, desde 2015, para que o local seja regularizado. Segundo o órgão, as tentativas extrajudiciais não prosperam. "Durante o procedimento, foram enviados para a Secretaria de Patrimônio da União diversos ofícios requerendo informações atualizadas em relação ao projeto de regularização fundiária da região. Nas diversas tentativas, a SPU se quedou inerte, não enviando as informações solicitadas", diz trecho da ação.
Ao longo do tempo, parte da área do Campo de Santo Antônio foi ocupada de forma irregular por famílias, o que teria levado o Exército a mover ações de reintegração de posse. Contudo, os processos de reintegração de posse foram suspensos após o Exército ter cedido uma parcela do território à SPU para a construção de casas e a realocação de tais famílias.
Segundo o MPF, a União vem violando o direito das famílias que residem irregularmente na área e para que o processo não demore mais, a situação só poderá ser resolvida na esfera judicial.
Para o procurador da República Júlio José Araújo Júnior, autor da ação, a SPU possui a obrigação legal de implementar a regularização para garantir o direito à moradia. "Considerando que o terreno passou a ser ocupado por um núcleo urbano informal, formado por famílias que utilizaram a área da União para firmar suas residências, e que estão habitando a região de maneira irregular, mostra-se necessária a intervenção da SPU para que possa ser realizada a regularização fundiária do imóvel em favor dessas famílias”, ressaltou o procurador.
Na ação, o MPF requer que a Justiça determine o prazo máximo de um ano para que se estabeleça o cronograma da regularização fundiária do local.
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