Giselle Capella foi assassinada dentro de casa, no condomínio Athenas, em São GonçaloReprodução

Rio - A defesa do PM Antônio Ricardo Azevedo da Silva informou, neste sábado (10), que o agente era paciente psiquiátrico e fazia uso de remédios controlados. Ele foi preso em flagrante por matar a companheira Giselle Corrêa Capella em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Segundo o advogado André Monteiro, ainda é preciso avaliar os autos do inquérito e levantar o histórico médico do policial para entender até mesmo se ele estava apto ou não para atuar na corporação.
O 2° sargento da PM, Antônio Ricardo Azevedo da Silva, matou a própria namorada a tiros - Reprodução
O 2° sargento da PM, Antônio Ricardo Azevedo da Silva, matou a própria namorada a tirosReprodução


Informações iniciais apontam ainda que o crime ocorreu após os envolvidos terem ingerido bebidas alcoólicas, em relação a essa questão, o advogado reforça que até o momento não sabe os detalhes do crime e nem sua motivação.

"Ele é um paciente psiquiátrico, vamos levantar o histórico, do que ele faz uso ou não e quais condições que ele estava. Dentro da psiquiatria tem uma gama muito grande de sintomas e problemas, não sei exatamente o que ele tinha, não tenho acesso a laudo nenhum, a gente precisa ver o que tinha precisamente e o que tomava, até pra polícia ver se era um paciente que podia tá trabalhando ou não, mas é o órgão que devia fazer esse filtro dos agentes que estão em campo, aliás não sei nem qual era a função dele, ainda está tudo prematuro nesse sentido", explicou o advogado.

Apesar de ter poucas informações sobre o caso, a defesa cita que a motivação pode ter sido provocada por ciúmes. "A motivação ainda não tá muito clara, até porque não tive acesso do que foi falado, cheguei depois da oitiva dele, mas normalmente esses crimes são passionais, a motivação normalmente é ciúme ou algo do tipo, mas sem nenhuma certeza ainda", disse.

André Monteiro ressaltou que o PM se entregou por vontade própria à delegacia acompanhado de algumas pessoas. "O fato a gente tem a lamentar, porque é sempre uma tristeza quando acontece algo desse tipo, em relação a defesa a gente está aguardando ainda a liberação de algumas peças do inquérito, pra gente criar uma estratégia específica, mas no primeiro momento, o que a gente tem é que foi uma apresentação voluntária dele que reconheceu o que ele fez, a defesa vai trabalhar em cima disso, mas mais que isso a gente precisa ter acesso total e integral do inquérito", finalizou.

De acordo com a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), o homem foi preso em flagrante pelo feminicídio de Giselle Corrêa Capella. O caso será enviado à Justiça.

O crime ocorreu no condomínio Athenas, em Tribobó, em São Gonçalo, onde o casal morava. O Corpo de Bombeiros foi acionado e encontraram a mulher já sem vida e isolaram a região para a perícia da Polícia Civil.

Procurada, a PM ainda não informou se sabia do histórico psiquiátrico do paciente. Mas ressaltou que o sargento pertencia ao 7º BPM (São Gonçalo) e que a 4° Delegacia de Polícia Judiciária Militar acompanha a ocorrência.