Suede Oliveira morreu após cair do terceiro andar de uma boate na LapaReprodução/Redes Sociais

Rio - Um laudo do Hospital Municipal Souza Aguiar aponta que o modelo Suede Oliveira Junior, de 44 anos, pode ter sido perfurado por uma arma branca na barriga antes de cair do terceiro andar da Street Lapa, Região Central do Rio, em agosto deste ano.

Segundo o boletim de atendimento, Suede apresentava provável lesão por arma branca na região direita do abdômen e sangramento na região do crânio quando deu entrada na unidade hospitalar. A informação foi confirmada pelo advogado Júlio César da Silva, que defende a família de Suede.

Suede, que trabalhava como modelo, morreu no dia seguinte ao acidente. Na ocasião, uma amiga, que não quis se identificar, informou que ele perdeu o equilíbrio e caiu do prédio.

As investigações seguem a cargo da 5ª DP (Mem de Sá) e de acordo com o delegado titular Deoclécio de Assis, o documento ainda não chegou até o policial responsável para dar andamento ao caso. "Aguardamos a chegada do boletim de atendimento médico ao policial responsável pela investigação; aguardamos também o laudo do exame cadavérico para prosseguirmos nas investigações, diante dessa informação nova", disse o delegado.
Família repercute laudo
Ao DIA, Ednalda Maria de Oliveira, mãe de Suede, diz que a possibilidade de Suede ter sido perfurado por arma branca deixou todos impactados porque a Polícia Civil havia descartado a possibilidade de crime. "Isso me deixou impactada porque segundo a Polícia Civil, a possibilidade de crime havia sido descartada. Me incomoda o fato da própria polícia não ter pegado o laudo no Souza Aguiar, foi a gente que foi lá e conseguiu acesso. Agora estamos aguardando o atestado do Instituto Médico Legal (IML) para confrontar", diz.
Ednalda também denuncia que a boate não tinha licença para funcionar e também não oferecia segurança aos visitantes. "A casa não tinha licença para funcionar, não tinha segurança. No laudo tem essa perfuração por arma branca e a gente se pergunta: "o que será que aconteceu?" A boate, além de não ter licença, não tinha paracorpo, sinalização de emergência… se a casa não estivesse funcionando ele não estaria lá e não teria morrido pela queda", afirma a mãe da vítima.
Na época, a boate chegou a informar que estava, desde o dia do ocorrido, em contato com a família da vítima para prestar todo o apoio necessário: "Estamos à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento, e, além disso, temos os registros das câmeras de segurança, que serão disponibilizados".