Rio - Em novas imagens do quiosque da Barra da Tijuca, onde três médicos foram assassinados na madrugada da última quinta-feira (5), é possível observar que um amigo das vítimas esteve no local e deixou o quiosque 20 minutos antes da chegada dos criminosos. O material foi divulgado ao programa 'Fantástico'.
As imagens de uma câmera de segurança do quiosque mostram que o quinto médico chega ao local às 23h34. Uma hora depois, às 00h39, ele paga a conta e retorna ao hotel. Os criminosos chegam às 00h59. Ainda durante a confraternização no quiosque, uma mulher cumprimenta o grupo e dois minutos depois vai embora em direção ao mesmo hotel.
A principal linha de investigação da Polícia Civil é de que um dos médicos pode ter sido confundido com um miliciano envolvido na disputa por territórios. A semelhança física entre o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, de 26 anos, e o ortopedista Perseu Ribeiro Almeida, de 33 anos, chamou a atenção dos investigadores.
Perseu levou cinco tiros: dois atingiram de raspão, na mão esquerda e no braço direito; um acertou a mão direita; um no peito, que perfurou o pulmão, e um na barriga, que atingiu o fígado. Diego Bomfim, de 35 anos, levou oito tiros, sendo: dois nas costas, um no ombro posterior direito, um no punho direito, um na coxa direita, um no braço direito, um no peito e um no trapézio. Marcos de Andrade Corsato, de 62 anos, levou seis tiros, sendo: dois na cabeça, um na nuca, um nas costas, um no braço esquerdo e um na barriga.
A Polícia Civil considerou o ataque como sendo um ação audaciosa e equivocada. Em entrevista ao programa 'Fantástico', neste domingo (8), o delegado responsável pelas investigações, Henrique Damasceno disse que o inquérito ainda não foi concluído, mas as provas apontam com clareza que o trio foi morto por engano por traficantes do Comando Vermelho (CV).
Quatro suspeitos de envolvimento nas execuções foram 'condenados' pelo 'tribunal do tráfico' 17 horas depois do crime. Entre os suspeitos mortos estão Philip Motta Pereira, o Lesk, Ryan Nunes de Almeida, o Ryan, Thiago Lopes Claro da Silva e Pablo Roberto da Silva dos Reis. Há ainda outros dois traficantes, foragidos, que podem ter relação com os homicídios. São eles: Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW, e Bruno Pinto Matias, vulgo Preto Fosco.
Médico sobrevivente
Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, único sobrevivente no ataque segue em tratamento. Em boletim médico, a unidade de saúde informou que a vítima continua internada na Unidade de Tratamento intensivo (UTI) para observação contínua. Daniel foi atingido por 14 tiros na madrugada da última quinta-feira (5).
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