Rio - O Governo do Estado do Rio informou, nesta quinta-feira (26), que o Gabinete de Segurança Institucional reforçou a segurança do governador Cláudio Castro e de sua família após o setor de inteligência da Polícia Civil identificar um plano de atentado contra ele, a primeira-dama e seus dois filhos.
O plano foi descoberto após ataques da milícia na Zona Oeste a partir da morte de Matheus da Silva Rezende, o 'Faustão', apontado como o segundo homem na hierarquia de um grupo de milicianos que atua naquela área. O criminoso era sobrinho do chefe da facção Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, e também conhecido como 'senhor da guerra'. Além disso, Matheus é apontado pela Polícia Civil como elo da milícia com o tráfico.
Ainda segundo o Governo do Estado, as informações seguem sob rigorosa investigação para que os autores sejam identificados e punidos.
Castro mira prisão criminosos de alta periculosidade
De acordo com o governador Cláudio Castro, o foco das operações das forças de segurança é capturar os três criminosos envolvidos na disputa por território em diversos pontos do estado, que são eles: o miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o 'Zinho', o traficante Wilton Carlos Rabelho Quintanilha, o 'Abelha', e o miliciano Danilo Dias Lima, o 'Tandera'.
O governador chegou a parabenizar a operação da Polícia Civil que terminou na morte de Matheus da Silva Rezende, o 'Faustão', que ocorreu na comunidade Três Pontes, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. Através das redes sociais, Castro afirmou que a instituição deu um duro golpe na maior milícia da Zona Oeste e que as operações contra a milícia não iam parar.
Na terça-feira (24), após reunião com a cúpula da Segurança Pública do Rio, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no Centro da cidade, Castro disse que a polícia está muito perto de prender 'Zinho'. Ele afirmou, ainda, que o terror levado à Zona Oeste após a morte de Matheus da Silva Rezende, o 'Faustão', mostra o desespero do grupo paramilitar com a atuação das forças de segurança.
Ataques na Zona Oeste
Os ataques na Zona Oeste incendiaram 35 coletivos de serviços municipais, intermunicipais e fretamento. De acordo com a Mobi-Rio, que administra o BRT, três ônibus da frota antiga foram queimados e um ônibus modelo Padron foi apenas parcialmente atingido. Além disso, quatro estações foram atingidas pelos ataques, mas apenas a estação Santa Veridiana, em Santa Cruz, precisou ser fechada por causa do incêndio.
A cidade do Rio chegou a entrar em estágio de atenção devido ao caos na região e só retornou a normalidade às 8h45 do dia seguinte em função da regularização do serviço do BRT Transoeste.
Os principais bairros afetados foram Campo Grande, Santa Cruz, Paciência, Guaratiba, Sepetiba, Cosmos, Recreio, Inhoaíba, Barra, Tanque e Campinho. Nestes locais, pneus também foram incendiados e serviram como barricadas para impedir a passagem das polícias Civil e Militar.
Ao todo, 12 suspeitos de envolvimento nos ataques foram presos. Desses, seis foram liberados por falta de provas, três tiveram a prisão em flagrante convertidas para preventivas, um teve liberdade provisória concedida, com aplicação de medida cautelar, e um outro passará por audiência de custódia nesta quinta-feira (26).
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