Francisca Vitória, de 20 anos, trabalha como auxiliar de ensino em escola infantil na Praça SecaReprodução
Mãe de educadora desaparecida há seis dias pede celeridade nas investigações
Francisca Vitória, de 20 anos, foi vista pela última vez na Praça Seca, Zona Oeste do Rio
Rio - Aflita e sem informações do paradeiro da filha há seis dias, a mãe da educadora Francisca Vitória Rodrigues, de 20 anos, pediu celeridade e mais disponibilidade de recursos da Polícia Civil para localizar a jovem. No entanto, a Polícia Civil rebateu a declaração da mulher afirmando que a mesma já foi intimada para depor três vezes, mas ainda não compareceu.
A profissional de educação desapareceu na terça-feira passada (7), na Praça Seca, Zona Oeste, quando voltava para casa depois do trabalho. A Delegacia de Descobertas de Paradeiros (DDPA) está responsável pelas investigações.
Ao DIA, Fran Rodrigues desabafou sobre como tem sido os últimos dias. "Já procuramos em hospitais e até no Instituto Médico Legal (IML), mas não está em nenhum lugar. Tem que botar o Corpo de Bombeiros e a polícia para ver se tem corpo no morro também", disse. "Pode estar enterrado [o corpo] ou colocaram fogo para não deixar nenhum rastro, tem essa possibilidade também", considerou Fran.
Nas redes sociais, amigos e parentes também continuam com a corrente de buscas. "Gente, quem souber ou tiver visto a Francisca Vitória após o horário de 17h30, entre em contato por favor. Estamos todos desesperados"; "Vitória Rodrigues continua desaparecida, gente. Ninguém some assim. Quem tiver com a Vitória deixa ela numa UPA ou em algum outro lugar que nós vamos buscá-la. É muito sofrimento. Ela é uma menina íntegra, boa filha, boa sobrinha, boa profissional", escreveu uma tia da jovem.
Uma câmera de segurança na Rua Barão, na Praça Seca, mostra a educadora momentos antes do seu desaparecimento. Nas imagens, a jovem, vestindo uma blusa branca, aparece indo embora ao lado de uma mulher de blusa preta. O relógio da câmera registra 17h04, horário de saída da escola em que ela trabalha.
O local onde Francisca Vitória foi vista pela última vez é palco de uma guerra de facções pelo controle da área. Após uma invasão de milicianos ao Morro do Jordão, no mês de agosto, traficantes teriam recuado para a Chacrinha. Desde então, os grupos têm se enfrentado constantemente, provocando uma rotina de violência para os moradores e comerciantes. Até o momento não há informações que façam a Polícia Civil acreditar que o desaparecimento da educadora tem relação com a guerra na Praça Seca.
A DDPA informou que diversas diligências foram realizadas no intuito de elucidar o crime. "A mãe da vítima, que já foi intimada três vezes, ainda não compareceu para prestar depoimento e contribuir com as investigações", disse.
Quem tiver alguma informação sobre o paradeiro de Francisca Vitória pode fazer contato com o Disque-Denúncia (2253-1177) ou com a DDPA 2202-0338 / 2202-0337.
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