André Victor e André Felipe são apontados como os chefes da organização criminosaReprodução

Rio - A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) realizaram, nesta quinta-feira (23), uma operação contra um esquema de pirâmide financeira em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Quatro pessoas foram presas durante a ação

Agentes da 76ª DP (Niterói) e do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) saíram para cumprir seis mandados de prisão, expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa. Eles foram cumpridos em Niterói e no Rio.

De acordo com as investigações, a Atrion Invest, voltada para a prática de estelionato através de supostos investimentos em renda variável, prometia lucros fixos mensais de 3% a 16,33%, sobre investimento mínimos de R$ 2,5 mil, a título de rendimentos gerados a partir de “traders” de criptomoedas. Durante o trabalho de apuração, foram identificadas movimentações financeiras suspeitas de cerca de mais de R$ 77 milhões, valor incompatível com o patrimônio dos integrantes.
A Atrion Invest investia massivamente em marketing, inclusive patrocinando eventos e atletas esportivos, para atrair investidores, que foram lesados com os golpes aplicados. A polícia estima que, pelo menos, mil pessoas foram vítimas do grupo.

André Felipe de Oliveira Silva, apontado pelas investigações como o dono da empresa, está preso desde maio deste ano por porte ilegal de arma. Ele foi flagrado com um arsenal dentro do carro, em um hospital particular, em Icaraí. Ele possui 11 anotações criminais por estelionato.
Seu braço direito e irmão, André Vitor de Oliveira Silva foi preso durante a ação deflagrada nesta quinta-feira (23). Além dele, Giovanni Andrade da Costa Leste, policial civil responsável pela segurança dos irmãos, e Suellen Marques Mendonça, ex-mulher de André Felipe, também foram detidos.
A polícia informou que dois dos alvos saíram do país, em setembro de 2022, com destino a Toronto, no Canadá, e são considerados foragidos.
Segundo MPRJ, ao todo, 15 pessoas foram denunciadas pelos crimes de organização criminosa armada, estelionatos, crime contra a economia popular e lavagem de dinheiro. O nome da operação, Pyramis, tem origem no latim em alusão ao golpe da pirâmide financeira praticado pela organização criminosa.