Eder Nilson Souza Campos foi preso em flagrante na Ilha do GovernadorReprodução
Flanelinha irregular que riscou carro tem prisão convertida em preventiva
Eder Nilson Souza Campos, de 39 anos, responderá por extorsão e dano
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio, nesta quinta-feira (23), converteu em preventiva a prisão do flanelinha irregular Eder Nilson Souza Campos, de 39 anos, que riscou o carro de uma mulher que se recusou a pagar a taxa ilegal. Ele responderá por dano e extorsão.
"Entendo que o delito cometido é concretamente grave, na medida em que a vítima relata que as ameaças são constantes e que estaciona seu automóvel no local todos os dias para trabalhar. evidente a necessidade da conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva do custodiado como medida de garantia da ordem pública, sobretudo porque crimes como esses comprometem a segurança de moradores da cidade do Rio de Janeiro", escreveu o juíza Priscilla Macuco Ferreira, da 40ª Vara Criminal da Comarca da Capital.
Eder foi preso em flagrante na tarde desta terça-feira, no bairro do Jardim Carioca, na Ilha do Governador, na Zona Norte. Em depoimento, a vítima relatou que o flanelinha exigiu um pagamento de R$ 5 para que ela estacionasse na Estrada do Galeão, mas a mulher se recusou. Com medo, ela seguiu para seu local de trabalho e quando retornou, constatou que o suspeito havia arranhado a lateral do carro.
A advogada acionou a Polícia Civil. De acordo com o delegado Felipe Santoro, titular da 5ª DP (Mem de Sá), o suspeito não apresentou talão de estacionamento e não possuía qualquer autorização legal para atuar como guardador de veículos no local.
"Foi verificado que, naquele local, já há outras ocorrências envolvendo extorsões e danos em veículos praticados por pessoas que se intitulam irregularmente como flanelinhas. Exigir qualquer valor mediante violência e grave ameaça, inclusive com a promessa de dano ao veículo, é crime punido com pena de prisão. A rua é local público, não podendo qualquer pessoa exigir pagamento para permitir que se estacione no local a menos que possua autorização legal ou regulamentar do órgão competente", explicou Santoro.
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