Agentes da Seop se envolvem em confusão durante ação na Praia de Copacabana, na Zona Sul do RioCléber Mendes/Agência O Dia
Ambulantes, pedestres e agentes da Seop se envolvem em confusão durante ação em Copacabana
Um morador chegou a ser agredido com um cassetete
Rio - Ambulantes, pedestres e agentes da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) se envolveram em uma confusão, no início da tarde deste sábado (25), durante uma ação de apreensão de mercadorias em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Um morador chegou a ser agredido com um cassetete.
Ao DIA, o empresário Fernando dos Santos Feliciano, de 26 anos, disse que caminhava pelo calçadão quando percebeu a presença dos agentes contendo camelôs. Uma das pessoas que teve sua mercadoria apreendida foi uma idosa, de 65 anos. O morador alegou que chegou no local para poder entender a história e defender a senhora, mas foi agredido por um dos agentes com um cassetete.
"Estava fazendo a minha caminhada como faço todo dia e, passando pela rua, me deparei com eles fazendo uma operação para conter alguns ambulantes. Eles estavam intercedendo uma senhora já com seus 60 e poucos anos. Eu fui ali para conversar com ela e saber o que estava acontecendo e um agente, totalmente despreparado, usou da força dele, da profissão e da farda, e achou que por direito poderia me agredir. Eu basicamente fui agredido à toa. Ele me desferiu umas três pancadas e jogou spray de pimenta na nossa cara, sem eu esboçar qualquer reação para ele", contou.
Fernando disse que ficou com o braço inchado e que pensa em registrar o caso na 12ª DP (Copacabana). Para o empresário, o agente deve ter ficado nervoso com a multidão que se reuniu em volta da ambulante e se precipitou.
"Ele simplesmente saiu do carro e agrediu quem estava defendendo a senhora. A senhora estava nervosa e ele achou que ia formar uma confusão generalizada. O despreparo dele no meio da multidão, ele ficou nervoso e começou a agredir sem mais nem menos. Estava pensando em registrar a queixa na 12ª DP. Não sei se eles vão pedir para fazer corpo de delito. Nem sei se é preciso, pois da forma que ficou aqui já é visível que teve agressão", complementou.
A senhora que teve sua mercadoria apreendida se chama Maria de Fátima da Silva. Segundo ela, os agentes pegaram seus produtos e não deram o lacre para que ela possa retomar o que vendia no depósito. A idosa contou que já passou por essa ação de fiscalização quatro vezes e em todas teve a mercadoria apreendida.
"Eles chegaram aqui do nada, pegaram a minha mercadoria e não me deram o lacre. Eles não me deram nada. Isso é roubo. Foi confronto muito horrível. Estou aqui há 17 anos. Já foram quatro vezes já. A primeira vez que eu perdi, me deram um lacre e eu cheguei no depósito, mas não me devolveram. Tinha que ter uma nota fiscal e abrir um processo. Eu não sei que processo é esse. Eu só não perdi toda a mercadoria porque o amigo me ajudou. O que o Fernando conseguiu pegar ficou e o restante voltou", explicou.
Procurada sobre o assunto, a Seop ainda não respondeu. O espaço está aberto para manifestação.
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