Rafaela, 22, estava num carroReprodução/Redes sociais

Rio - Um policial militar foi preso, nesta segunda-feira (4), acusado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) de ser o autor do disparo que matou a jovem Rafaela Borda Vieira, de 22 anos, em junho deste ano no Morro dos Prazeres, Centro do Rio. Agentes da especializada, com apoio de policiais militares, cumpriram um mandado de prisão preventiva contra o agente José Carlos de Souza Filho e o encaminharam ao sistema penitenciário.
Rafaela Borda Vieira, de 22 anos, foi morta a tiros no Morro dos Prazeres, em junho deste ano - Reprodução/Redes sociais
Rafaela Borda Vieira, de 22 anos, foi morta a tiros no Morro dos Prazeres, em junho deste anoReprodução/Redes sociais
Segundo as investigações, Rafaela e quatro amigos estavam em um carro a caminho de uma festa que acontecia na comunidade do Fallet, no Rio Comprido, quando foram abordados por uma viatura da polícia militar. Diante da fuga do motorista, foram feitos disparos que atingiram Rafaela. Ela foi socorrida e levada para o Hospital Municipal Souza Aguiar, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade. 
Na época, a PM informou que equipes do 5º BPM (Praça da Harmonia) e da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade foram acionadas durante a madrugada no Hospital Municipal Souza Aguiar para verificar a entrada de uma jovem ferida com tiros. No local, constataram a morte, mas a equipe disse que não houve confronto e nem tiroteio na comunidade.

Os policiais militares envolvidos na ocorrência foram ouvidos e negaram, por duas vezes, serem os responsáveis pelos disparos. No entanto, após meses de investigação, a DHC descobriu que a viatura em que estava o policial, agora preso, foi a responsável pela abordagem do veículo. As investigações revelaram que ele era o autor do disparo que atingiu a vítima. 
No inquérito, consta ainda que uma testemunha que presenciou o policial militar José Carlos atirando contra a jovem foi agredida por dois homens e liberado somente após afirmar que não havia prestado depoimento à Polícia Civil. O episódio de agressão aconteceu, segundo a DHC, momentos depois de Rafaela ser baleada e morta.
José Carlos foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado. O inquérito foi encaminhado para a 1ª Vara Criminal da Comarca da Capital e o processo está em andamento. Outros quatro policiais também são investigados na ação.