Apreensões realizadas, nesta quinta-feira (7), durante a ação da PFDivulgação / Polícia Federal
Homem apontado como motorista do Escritório do Crime é preso pela PF
Luiz Paulo de Lemos Júnior dirigiu o veículo utilizado no atentado contra o miliciano André Henrique da Silva Souza, o Zóio, em junho de 2014
Rio - Luiz Paulo de Lemos Júnior, apontado como motorista do Escritório do Crime, foi preso, nesta quinta-feira (7), dentro de casa na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. Segundo a Polícia Federal, o homem foi detido em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.
Segundo as investigações, o criminoso dirigiu o veículo utilizado no atentado contra André Henrique da Silva Souza, o Zóio, em junho de 2014. Na ocasião, o miliciano estava com a mulher, Juliana Sales de Oliveira, quando foram alvo de pelo menos 40 disparos.
A ação da PF teve o objetivo de apreender 50 armas de fogo irregulares e prender Luiz Paulo, apontado como dono das referidas armas. No entanto, em sua residência, os policiais encontraram apenas 13 armas e diversas munições. Segundo a corporação, isso indica a possível prática do crime de comércio ilegal de armas. Luiz Paulo teve o registro de caçador, atirador e colecionador (CAC) cassado.
Após os procedimentos padrões, o preso será encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça. Segundo a PF, se somadas, as penas dos crimes de posse ilegal de armas de fogo de uso restrito e permitido podem chegar a 10 anos de reclusão, além de multa.
A corporação informou, ainda, que as investigações vão continuar para que seja apurado o paradeiro das armas que não foram encontradas.
O Escritório do Crime age há mais de 10 anos, principalmente na Zona Oeste. Um dos seus líderes foi o ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Adriano da Nóbrega, morto no dia 9 de fevereiro de 2020, na Bahia, apontado como um dos fundadores da quadrilha. Os milicianos que faziam parte da quadrilha chegavam a cobrar R$ 100 mil por cada execução que praticavam. Eles eram contratados para executarem desafetos de outras organizações criminosas.
O grupo chegou a ser investigado pelas mortes da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes. O policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz, acusados pelo duplo homicídio, tinham ligação com o bando.
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