Emilson do Amparo, de 62 anos, morreu por asfixia na casa da ex-companheira, em ItaboraíDivulgação

Rio - A Polícia Civil investiga se o pedreiro Emilson do Amparo, de 62 anos, foi envenenado e morto pela ex-companheira, na noite da última sexta-feira (8), no bairro Gebara, em Itaboraí, Região Metropolitana do Rio. A família da vítima afirma que Edinalva Brito dos Santos Carvalho, 51 anos, envenenou, dopou e enforcou a vítima dentro da piscina da casa dela. O caso foi registrado na 71ª DP (Itaboraí) e será encaminhado à Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG).
Emilson do Amparo, de 62 anos, morreu por asfixia na casa da ex-companheira, em Itaboraí - Divulgação
Emilson do Amparo, de 62 anos, morreu por asfixia na casa da ex-companheira, em ItaboraíDivulgação
Na noite do dia 8, vizinhos notaram uma movimentação estranha na casa de Edinalva, e, ao chegarem no local, acharam que Emilson havia se afogado, já que encontraram o corpo dele dentro da piscina e a dona da casa caída no chão. Eles, então, chamaram a Polícia Militar.
De acordo com a corporação, policiais do 35ºBPM (Itaboraí) foram acionados para uma ocorrência de encontro de cadáver na Rua 03. No local, os agentes foram informados que o Samu havia levado a suposta suspeita do crime para o Hospital Municipal Desembargador Leal Junior, no mesmo município, com indícios de envenenamento e que já havia constatado o óbito da vítima. O local foi preservado para perícia.
Ao DIA, a sobrinha de Emilson, Kelly da Costa Pessanha, de 37 anos, contou que o casal estava separado há pelo menos dois anos, mas mantinha uma relação de amizade, por isso ele tinha o costume de fazer favores domésticos para ela. No entanto, mesmo com a aparente relação cordial, Edinalva já havia tentado matar ele outras vezes. "Na sexta-feira (8), meu tio mandou mensagem para o filho dele falando que ia trocar uma torneira na casa dela, só que ele estava demorando muito para voltar pra casa. Foi então que começamos a nos preocupar e ligamos várias vezes para ele, mas ninguém atendeu", disse.
Em seguida, o filho do pedreiro recebeu um vídeo de Edinalva onde mostrava o pai dele aparentemente dopado dentro da piscina. Nas imagens, obtidas pelo DIA, Edinalva fala para o pedreiro sair da parte rasa e ir para o lado fundo. "Vai ali no lugar fundo. Vai para o fundo" e, em seguida, ri da situação.
Em depoimento na 71ª DP (Itaboraí), Leidyane Silveira do Amparo disse que o pai o pai estava visivelmente dopado nas imagens. Ao delegado Leomar Garcia, delegado da distrital, ela também afirmou que o pai chegou a ligar para a ex-namorada da irmão, no dia 8 de dezembro, pedindo socorro. A menina, então, fez contato com Leidyane informando o ocorrido. Desesperada, ela foi à casa de Edinalva, mas quando chegou no local o pai já estava em óbito.
Na casa, os próprios filhos do pedreiro recolheram o celular de Edinalva e localizaram diversos frascos de remédios controlados, como Rivotril. O material foi entregue à perícia na noite do crime. Ainda em depoimento, Leidyane disse que encontrou no celular da suspeita uma troca de mensagens com o filho dela, onde o rapaz dizia que a mãe havia matado Emilson. Ela localizou também um diálogo com a proprietária que alugava a casa para Edinalva, onde ela pedia por Rivotril.
Perícia aponta morte por asfixia
Na certidão de óbito do pedreiro consta que ele morreu por hipoxemia e asfixia mecânica. Antes da liberação do corpo, a sobrinha de Emilson, Kelly, disse que o perito responsável pelo laudo reuniu a família no Instituto Médico Legal (IML) de Tribobó e informou que ele havia sido enforcado.
"Foi ela quem matou ele, o celular dela está cheio de provas e já entregamos para a Polícia Civil. Ela é a maior suspeita de cometer o crime, já tem histórico de tentar matá-lo, temos o vídeo dele dopado. Só queremos que ela pague pelo que fez", pediu Kelly. A Secretaria de Saúde de Itaboraí ainda não informou se a paciente teve alta do hospital.
A família de Emilson foi à 71ª DP (Itaboraí), na tarde desta terça-feira (12), pedir que o inquérito seja encaminhado com urgência para a DHNSG. Eles temem que Edinalva receba alta do hospital e fuja para a Bahia, onde ela tem família.
"Viemos na delegacia pressionar a Polícia Civil, mas nos falaram que o inquérito tem até 15 dias para ser transferido para a DH. Precisamos tentar a prisão preventiva dessa mulher urgente", disse a sobrinha da vítima. Antes de sepultar o corpo de Emilson, a sobrinha também solicitou um exame para identificar se ele foi envenenado também. O resultado será disponibilizado para a família em até 30 dias. O sepultamento do pedreiro aconteceu no domingo (9), no Cemitério de São Gonçalo.