Suelen prestou depoimento ontem, na Delegacia de Homicídios Marcos Porto

Rio - Suelen da Silva Roque, mãe da menina K.H.S, de 4 anos, estuprada e morta em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, prestou depoimento sobre o caso, na tarde desta terça-feira (12), na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). A mulher é investigada pelo crime de negligência depois de deixar a filha em casa junto com os irmãos, de 7 e 8 anos, para ir a uma festa.
A mãe chegou acompanhada de dois advogados e uma amiga. Ela conversou com agentes da DHBF para esclarecer o caso. Suelen ainda pode responder por abandono de incapaz. Segundo o delegado Mauro César, a investigação começou após a mulher chegar em casa de um forró e perceber que a criança não estava no local.
"A mãe da menina deixou a filha e mais dois irmãos sozinhos em casa e foi para um forró no mesmo bairro onde residia e quando retornou, não a encontrou e se desesperou. Após procurar a menina na casa de parentes e amigos, buscou ajuda da Policia Civil, que imediatamente começou as investigações", disse o delegado.
A mãe das crianças saiu por volta das 23h de sexta-feira (8) e quando retornou, por volta das 5h de sábado (9), não localizou a menina. A família suspeitou de que K.H.S. havia sido raptada, mas ninguém ouviu gritos ou estranhado a presença de alguém na região. De acordo com parentes, Reynaldo Rocha Nascimento, de 22 anos, primo de Suellen e preso pelo crime, se aproveitou do fato de conhecer a rotina da família e da ausência da mãe para retirar a menina da casa.
Reynaldo foi preso e confessou aos policiais que estuprou e matou a criança. Segundo a polícia, o criminoso contou que a retirou de casa, pois sabia que estaria sozinha. Em seguida, a estuprou. Reynaldo disse, ainda, que para evitar ser descoberto com o choro da menina, a enforcou e escondeu o corpo em um saco de ração.
De acordo com as investigações, a menina foi morta na madrugada de sábado (9), horas depois de ser levada. Reynaldo foi localizado e agredido por vizinhos na manhã de domingo (10). O corpo da menina foi localizado na beira de um valão próximo à casa do suspeito.
O homem está preso temporariamente e a investigação segue em andamento na DHBF para esclarecer os fatos. Reynaldo ainda não passou por audiência de custódia.
Histórico
O suspeito já havia sido preso em janeiro de 2021. Na ocasião, o criminoso e outros dois comparsas realizaram uma série de assaltos na Praia do Arpoador, na Zona Sul do Rio. O grupo, reconhecido pelas vítimas e testemunhas, foi detido por uma equipe da Guarda Municipal. Reynaldo foi denunciado pelo Ministério Público e na Justiça, respondeu por roubo majorado e corrupção de menores.
Na sentença dada pelo juiz da 27ª Vara Criminal, Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau, em agosto deste ano, Reynaldo foi condenado a seis anos e quatro meses de prisão em regime semiaberto. O magistrado determinou, ainda, a expedição de um mandado de prisão. No entanto, o documento nunca foi despachado.