Turista argentina foi assassinada na última quarta-feira, em Búzio, litoral do Rio de Janeiro Guarda Municipal de Armação dos Búzios / Reprodução
Argentina morta em Búzios: cachorro foi 'fundamental' na identificação do suspeito, diz prefeitura
Florencia Aranguren, de 31 anos, morreu assassinada no litoral do Rio de Janeiro, na última quarta-feira
O cachorro encontrado junto do corpo da argentina Florencia Aranguren, de 31 anos, que morreu assassinada na última quarta-feira, 6, em Armação dos Búzios, no litoral do Rio de Janeiro, "teve papel fundamental na identificação" de um dos suspeitos do crime, afirma a prefeitura da cidade.
A mulher foi encontrada morta em uma trilha próxima à praia de José Gonçalves com ferimentos feitos por um objeto perfurante. Na sequência, um homem, que não teve a identidade revelada, foi preso em flagrante por homicídio.
Imagens de uma câmera de segurança mostram Florencia e o cachorro dela a caminho da praia por volta das 7h. Minutos depois, os registros captam um homem, de bicicleta e boné, se deslocando pelo mesmo caminho e na mesma direção que a argentina
O crime aconteceu minutos depois, na trilha que desemboca na praia José Gonçalves. Não houve registro por câmeras de segurança ou por testemunhas. Uma denúncia anônima levou a Guarda Municipal ao corpo da turista.
Segundo o delegado Phelipe Cyrne Mattos Silva, da 127ª DP (Armação dos Búzios), onde o caso foi registrado, o suspeito foi detido por moradores de um condomínio, próximo ao local onde Florencia foi encontrada.
Durante as investigações, o cachorro que estava com a vítima (e que permaneceu ao lado do corpo mesmo depois do homicídio) reagiu de forma agressiva quando avistou o suposto autor do crime.
"Este comportamento chamou a atenção das autoridades, que notaram que o indivíduo detido apresentava sinais de luta recente, vestígios de sangue e roupas molhadas, possivelmente da lagoa próxima", informou a prefeitura em nota, que descreveu a participação do animal como "fundamental na identificação" do homem suspeito.
Aos policiais, o suspeito negou o crime e afirmou que tinha sofrido uma tentativa de roubo. "Conseguimos constatar que a roupa dele, embora estivesse molhada, apresentava algumas manchas latentes de sangue", disse o delegado Phelipe Silva. "E, no corpo dele, foram encontradas marcas de arranhão, típicas de tentativa de defesa da vítima", acrescentou.
As roupas foram submetidas a exame pericial que, segundo Silva, confirmaram a presença de sangue. A polícia suspeita que Florencia Aranguren tenha sido vítima de violência sexual. O crime também ganhou repercussão na imprensa argentina.
"A gente trabalha com a hipótese da motivação de um homicídio ou de uma tentativa dele (do suspeito) de fazer um crime anterior que, mediante o insucesso, partiu para a violência, acarretando na morte da vítima", diz Silva.
"Estão pendentes alguns exames de DNA para confrontar o material arrecadado do corpo dele com o material genético da vítima", acrescentou o delegado na semana passada. Procurada, a Polícia Civil não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre os resultados dos testes.
De acordo com a Guarda Municipal, o suspeito já possui passagens pela polícia por furto e lesão corporal.
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